"Vamos libertar todos os reféns: os 240 israelitas e os 2,3 milhões de habitantes de Gaza": é esta a mensagem que se lê no outdoor em frente à Assembleia de República, em Lisboa. Henry (talvez o conheças como @who.the.fuck.is.henry), escreveu-a esta terça-feira ("ainda deve estar fresco", disse ao P3), num protesto contra o ataque de Israel a Gaza.
Henry espalha mensagens por Lisboa, às vezes com pedidos, às vezes com afirmações, outras com exigências. Esta é mais uma delas, numa altura em que mais de 13 mil pessoas foram mortas em Gaza.
"A minha mensagem é de paz para toda a gente. Sempre condenei qualquer tipo de violência e, como toda a gente, fiquei chocado no dia 7 de Outubro. Uma resposta de Israel era expectável, mas estou chocado por ver o que está a acontecer em Gaza nos últimos 45 dias", refere o artista ao P3. Por achar que "ficar em silêncio não é aceitável" e "não falar é ser complacente", escolheu aquele que considerou "o local mais estratégico" e pintou a mensagem.
"O mundo rege-se por alianças tácticas baseadas no dinheiro e política, e o que está a acontecer em Gaza neste momento enquanto o mundo observa é o exemplo disso. Por isso, fazer isto em frente à Assembleia da República na noite passada fez sentido."
Este é um dos protestos a favor da Palestina que se tem registado em Portugal nos últimos dias. Esta terça-feira, activistas do Colectivo pela Libertação da Palestina, Climáximo e Greve Climática estudantil pintaram de vermelho a fachada dos escritórios da empresa ferroviária Steconfer, na Alameda dos Oceanos, em Lisboa. Também colaram fotografias da violência que se vive em Gaza, escreveram a palavra "genocida" e pediram que a empresa acabasse com os negócios em Israel.
Na semana passada, Bordallo II pintou Guilty Steps na escadaria de uma estação de comboios em Lisboa: a bandeira da Palestina pintada no chão ia ficando manchada de vermelho à medida que as pessoas a iam pisando.