Mariët Westermann é a primeira mulher a liderar o museu e a fundação Guggenheim

A historiadora de arte neerlandesa fez carreira na universidade e chega à sede de Nova Iorque vinda de Abu Dhabi.

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Mariët Westermann começará a trabalhar a 1 de Junho do próximo ano Solomon R. Guggenheim Museum and Foundation
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Mariët Westermann, uma historiadora de arte neerlandesa com um currículo académico que inclui funções de gestão, foi nomeada esta segunda-feira directora e presidente do conselho de administração do Solomon R. Guggenheim Museum e da respectiva fundação, ambos sediados em Nova Iorque, anunciou a instituição, sublinhando que será a primeira mulher a ocupar o lugar.

A até agora vice-presidente e professora de Artes e Humanidades na New York University (NYU) em Abu Dhabi terá como funções dirigir o icónico Museu Guggenheim de Nova Iorque, desenhado por Frank Lloyd Wright na Quinta Avenida, supervisionar a Fundação Guggenheim e a Colecção Peggy Guggenheim em Veneza, e ainda estabelecer uma “liderança colaborativa”, explicita o comunicado de imprensa, com os directores das sucursais de Bilbau e de Abu Dhabi — esta com abertura prevista para 2026.

Mariët Westermann, cuja escolha resulta de uma procura à escala internacional, começará a trabalhar a 1 de Junho do próximo ano.

Do seu extenso currículo, o conselho de “trustees” destaca a capacidade da neerlandesa para dirigir organizações nas áreas do ensino superior e da filantropia. “Ela traz um conhecimento profundo de história de arte, dos museus e da investigação, combinado com uma experiência em gestão institucional, filantropia e relações internacionais.”

Westermann foi a curadora principal e autora do catálogo da exposição Art and Home: Dutch Interiors in the Age of Rembrandt, exibida no Denver Art Museum e no The Newark Museum (1997-2001). Entre os livros que publicou sobre arte neerlandesa estão A Worldly Art: The Dutch Republic 1585-1718 (Yale University Press, 1996) e Rembrandt — Art and Ideas (Phaidon, 2000).

Fora da lista de favoritos

Segundo o jornal New York Times, a escolha de Mariët Westermann para substituir Richard Armstrong, que se reformou este ano, constitui uma “surpresa”, uma vez que não é uma profissional do meio museológico e que o seu nome não aparecia na lista de favoritos. Mas, lembra o jornal norte-americano, ela é conhecida de muita gente no mundo das artes, uma vez que, entre outras funções, foi vice-presidente da Andrew W. Mellon Foundation, que apoia instituições culturais, e directora do Institute of Fine Arts da NYU, responsável pela formação de muitos historiadores de arte, curadores e directores de museus.

Entre as polémicas recentes do Museu Guggenheim com que Westermann vai ter de lidar estão as críticas feitas em 2020 pela própria equipa da instituição à falta de diversidade dos seus funcionários, dos curadores convidados e dos artistas representados na colecção, no programa de exposições e nas aquisições com que vai actualizando o acervo.

Segundo o New York Times, a única outra líder feminina na história do museu foi Hilla Rebay, também uma das suas fundadoras. Foi co-directora do Museu de Pintura Não-Objectiva (saiu em 1952), precursor do Guggenheim, que foi construído em 1959.

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