Câmara do Porto anuncia mais 32 casas para as Eirinhas
Projecto de 5,3 milhões de euros deverá estar concluído no primeiro semestre de 2026 e é financiado pelo PRR.
A Câmara do Porto vai construir, na Travessa das Eirinhas, um edifício de quatro pisos com 32 casas e destiná-las ao seu programa de arrendamento acessível. A empreitada de 5,3 milhões de euros vai ser financiada pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), através do Plano de Recuperação e Resiliência, ao abrigo do programa 1º Direito.
O terreno, onde actualmente há apenas “vestígios de casas de ilha demolidas”, na freguesia do Bonfim, é propriedade municipal e tem uma área bruta de construção de 3800 metros quadrados, informa a Câmara do Porto num comunicado enviado às redacções. Com habitação e garagem, o complexo terá 24 casas de tipologia T1 e oito de tipologia T2.
A intervenção, que deverá arrancar no final do primeiro trimestre de 2024 e terminar no primeiro semestre de 2026, refere Pedro Baganha citado no comunicado, pretende qualificar soluções habitacionais, aumentar a oferta de arrendamento acessível na cidade e privilegiar a promoção da interacção territorial e socioeconómica com a restante cidade”.
André Tavares é o arquitecto responsável pelo projecto, que teve em conta acessibilidade para “pessoas com mobilidade e autonomia condicionadas, bem como a adopção de tecnologias e equipamentos conducentes a uma utilização racional da energia e da água e à maximização da eficiência no uso das mesmas, favorecendo a sustentabilidade hídrica e energética”.
O projecto agora apresentado complementa a intervenção já anunciada pela Câmara do Porto para a zona das Eirinhas. Naquele território serão construídos mais quatro edifícios, com 48 fogos, para habitação social. O concurso para essa empreitada deverá ser lançado este ano, informa a autarquia.
As Eirinhas anseiam há muito por mudança – e já foram apresentados vários projectos para ali. Em 2016, o executivo de Rui Moreira anunciava o início da empreitada para esse mesmo ano, com três lotes para habitação social – onde iriam ser instaladas famílias do bairro do Aleixo – e três lotes para o mercado privado.
Mas as mudanças no Fundo Imobiliário do Aleixo – Invesurb acabariam por esvaziar a ideia. Foram várias. A última, no final de 2021, acabaria por ditar que o fundo já não tinha de construir as casas das Eirinhas (e do bairro do Leal), em troco dos terrenos do Aleixo, mas que entregaria à autarquia uma retribuição financeira equivalente ao valor das obras para ali previstas.