O simulador de igualdade que Pedro Gil planta num resort
E se na ressaca de um assalto a um resort no Quénia, a experiência deitasse abaixo hierarquias entre hóspedes e funcionários? Depois das Zebras estreia-se sábado em Ourém.
É um daqueles resorts de luxo, no Quénia como em muitas outras paragens do mundo, que prometem o paraíso. Prometem a retirada temporária das chatices da vida contemporânea, do trabalho non-stop, do vertiginoso e fatigante ciclo noticioso, das longas horas dentro de carros parados no trânsito, dos olhos queimados pelo excesso de ecrãs, das maçadas das burocracias e do inconveniente de ser importunado com todas as interacções sociais indesejadas. Prometem um paraíso feito de acesso à vida selvagem, ambiente exclusivo e controlado, cocktails e piscinas sempre à disposição, criadagem para satisfazer todos os pedidos e essa consciência de pertencer a uma elite que pode pagar a encenação de pertencer a um outro mundo, de acesso reservado.
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