O príncipe Christian da Dinamarca, filho mais velho de Frederik e Mary Donaldson, atingiu a maioridade e, com isso, apesar de ser ainda o segundo da linha de sucessão ao trono — atrás do pai —, passou a ter lugar no Conselho de Estado. Além disso, com a sua declaração de lealdade à Constituição, passa a poder ser nomeado chefe de Estado e actuar como regente.
O momento foi celebrado ainda pelo facto de nunca, na história da longa monarquia dinamarquesa — com mais de mil anos, é a que tem maior longevidade contínua na Europa (embora a inglesa seja mais antiga, o país foi uma república entre 1649 e 1653 com Oliver Cromwell) —, se terem juntado à rainha Margarida dois herdeiros da coroa numa sessão do género.
Há mais de cem anos, três gerações coexistiram durante um Conselho de Estado — em 1902, quando Christian, futuro Christian X, entre 1912 e 1947, prestou juramento aos 32 anos, na presença do seu pai, o príncipe herdeiro, Frederick, de 59 anos, que viria a ascender ao trono como Frederick VIII, quatro anos depois. Mas o rei Christian IX, na altura já com 84 anos, faltou ao momento.
O príncipe Christian da Dinamarca assume-se, desta forma, herdeiro da coroa, tal como aconteceu com Leonor de Espanha, que jurou a Constituição no dia do seu 18.º aniversário.