Ministro diz que Israel não aceitará Gaza “independente”

Bezalel Smotrich, ministro das Finanças, apela a “emigração voluntária” dos “árabes de Gaza para outros países do mundo”.

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Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de Israel AMIR COHEN/Reuters
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O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, defendeu que não será possível que Gaza “sobreviva como entidade independente” após os ataques de 7 de Outubro do Hamas contra Israel, dizendo que a “solução humanitária correcta” é a “emigração voluntária dos árabes de Gaza para outros países pelo mundo”, depois de “75 anos de refugiados, pobreza e perigo”, declarou Smotrich, do partido de extrema-direita Sionismo Religioso, citado pela agência Reuters.

A grande maioria dos habitantes da Faixa de Gaza são refugiados ou descendentes de refugiados.

As declarações de Smotrich trouxeram de novo o medo de que não seja possível às pessoas que saíram das suas casas regressar. Uma publicação israelita, a revista +972, dava conta de um documento governamental em que era recomendada a transferência permanente da população de Gaza , 2,2 milhões de habitantes, para a península egípcia do Sinai. O Egipto já deixou claro que não quer receber quaisquer refugiados palestinianos, aliás como a Jordânia, argumentando com o perigo de a deslocação se tornar permanente.

A existência do documento, sublinhava a publicação israelita, não significava necessariamente que as recomendações fossem consideradas pelo gabinete de segurança.

As declarações de Smotrich foram feitas na sequência de um artigo de opinião no Wall Street Journal de dois deputados israelitas, Danny Danon, antigo embaixador de Israel na ONU, do Likud, de Benjamin Netanyahu, e de Ram Ben Barak, antigo vice da Mossad, do Yesh Atid, de Yair Lapid, defenderam que “a comunidade internacional tem de explorar soluções para ajudar civis apanhados na crise”, sendo “uma ideia” que “países do mundo aceitem um número limitado de famílias de Gaza que expressem o desejo de se relocalizar”.

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