Em domingo de velhas rivalidades, faltou “sal” ao “derby della capitale”
Lazio e AS Roma empataram a zero, em Inglaterra não faltaram golos no duelo entre Chelsea e City.
O derby entre o Benfica e o Sporting, no Estádio da Luz, encerrou um domingo repleto de futebol um pouco por toda a Europa, mas o confronto entre “águias” e “leões” não foi o único derby repleto de história que teve lugar ontem. Em Itália, no 159.º “derby della capitale” na Serie A, o duelo entre a Lazio de Maurizio Sarri e a AS Roma de José Mourinho foi quente durante a semana, mas terminou num confronto sem “sal”: empate a zero. Já na Andaluzia, também houve um empate (1-1) no Ramón Sánchez Pizjuán, entre Sevilha e Betis. Não sendo um derby, na Premier League houve igualdade à inglesa, com oito golos no Chelsea e Manchester City.
A semana foi como José Mourinho tanto gosta - com mind games e picardias constantes -, o filme do jogo também foi do agrado do treinador português: controlado e sem grandes sobressaltos para Rui Patrício.
O rastilho para o derby romano, que teve confrontos entre adeptos nas bancadas, foi acendido por Sarri que, depois de derrotar o Feyenoord para a Liga dos Campeões, desvalorizou o jogo que a AS Roma iria ter dois dias depois para a Liga Europa, dizendo que a partida em Praga, frente ao Slavia, seria “uma espécie de particular”.
A resposta de Mourinho, foi quase imediata. E à Mourinho: “Se calhar é esta a diferença da carreira dos dois treinadores: um ganhou 26 títulos e o outro dois. Todos os jogos são sérios.”
Em teoria, estavam criadas as condições para um duelo bem condimentado, mas o que se assistiu no Olímpico de Roma foi a um embate insosso. A Lazio esteve ligeiramente por cima nos primeiros 45 minutos e Luis Alberto, perto da meia hora, dispôs da melhor oportunidade, mas o remate bateu no poste direito da baliza de Patrício.
Após o intervalo, AS Roma assumiu o controlo, mas sem conseguir criar grandes oportunidades. Assim, num jogo sem “sal”, o “derby della capitale” acabou com um diplomático empate a zero e um cordial abraço entre Sarri e Mourinho no final.
Na Andaluzia, aquele que os espanhóis dizem ser o “derby dos derbies” foi bem mais interessante, mas também terminou sem que nenhum dos eternos rivais pudesse festejar. Porém, reflectindo o que tem sido a temporada dos dois clubes de Sevilha, foi o Betis, mesmo na condição de visitante, que esteve quase sempre melhor.
Com Guilherme Fernandes e William Carvalho no banco durante toda a partida, a equipa comandada por Manuel Pellegrini viu na primeira parte ser um golo anulado ao ex-sportinguista Héctor Bellerín e Juan Miranda desperdiçar uma grande oportunidade.
A superioridade do Betis acabou por traduzir-se num golo de Ayoze Pérez, mas, meia dúzia de minutos depois, o talento de Ivan Rakitic evitou a derrota do Sevilha: com um excelente remate, o croata fixou o empate final (1-1).
Ainda em Espanha, um golo aos 18 segundos do Alavés parecia ser o início de mais uma tarde de problemas para Xavi, mas o Barcelona – Cancelo e Félix foram titulares – deu a volta na segunda parte, com um “bis” de Lewandowski.
Na Premier League, o jogo do dia não teve o rótulo de derby, mas foi um dos “clássicos” do futebol em Inglaterra, que não defraudou a reputação da Liga inglesa. Com o topo da classificação ao rubro – há apenas três pontos a separar o primeiro do quinto classificado ao fim de 12 jornadas -, houve várias trocas de lideranças no marcador entre Chelsea e Manchester City – Rúben Dias e Bernardo Silva jogaram os 90 minutos -, mas a partida, em Stamford Bridge, terminou num espectacular empate a quatro, com Erling Haland a conseguir mais um bis, somando agora o norueguês 13 golos em 12 jornadas.