Marcelo associa crise nas urgências a atraso em “pôr de pé” nova gestão do SNS

Presidente da República pede recuperação do “tempo perdido” na concretização da reforma na saúde.

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Marcelo Rebelo de Sousa esteve esta manha na inauguração do Bazar Diplomático LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, insistiu na urgência de recuperar o “tempo perdido” no atraso em “pôr de pé” a nova gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS), depois de ter sido questionado pelos jornalistas sobre os encerramentos de urgências em vários hospitais de todo o país que têm ocorrido nos últimos dias.

À margem de uma visita ao Bazar Diplomático, em declarações transmitidas pela RTP3, o chefe de Estado defendeu esta sexta-feira a necessidade de concretizar a reforma que criou a Direcção Executiva do SNS. “Aquilo que de alguma forma eu peço é que se recupere o tempo perdido. Cada mês que seja perdido para pôr de pé a nova gestão do SNS é mais tempo com os problemas”, afirmou, depois de questionado sobre se está ainda mais preocupado com os encerramentos de urgências hospitalares.

O Presidente reiterou a sua posição de há “um ano”, quando chamou a atenção para a necessidade de pôr no terreno a nova Direcção Executiva do SNS. “O tempo, em política, é essencial. E não é indiferente o que foi lançado em Setembro do ano passado estar de pé na Primavera deste ano ou no Verão deste ano. Esse tempo perdido tem custos, que é o esticar os serviços, as estruturas, até ao limite ou para lá do limite”, disse, reiterando a ideia de que quanto “mais depressa” a nova gestão do SNS for posta de pé, menos oportunidade há para “esticar até ao limite” o funcionamento do SNS.

Ainda no mês passado, Marcelo criticou o atraso de “ano e meio” na publicação dos estatutos da Direcção Executiva do SNS, que corporiza o novo modelo de gestão do SNS. Um dia depois, os estatutos foram aprovados pelo Governo.

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