Angelina Jolie apela ao fim dos ataques a Gaza, “a transformar-se numa vala comum”

Actriz e ex-embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados acusa líderes mundiais de serem cúmplices do que está a acontecer no enclave.

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Angelina Jolie foi embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado das ONU para os Refugiados entre 2000 e 2022 EPA/ANDREW GOMBERT
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“Gaza é uma prisão a céu aberto há quase duas décadas e está a transformar-se rapidamente numa vala comum”, alerta Angelina Jolie, actriz, produtora e realizadora, que se distinguiu ao longo de duas décadas pelo seu trabalho como embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, cargo que abandonou há um ano.

Jolie recorre às redes sociais para denunciar o que diz ser “um bombardeamento deliberado a uma população encurralada que não tem para onde fugir”, sublinhando que “40% dos mortos são crianças inocentes”.

“Estão a ser assassinadas famílias inteiras”, destaca a actriz, apontando o dedo ao “apoio activo de muitos governos” a Israel, ao mesmo tempo que “milhões de civis palestinianos — crianças, mulheres, famílias — estão a ser colectivamente castigados e desumanizados, (…) privados de alimentos, medicamentos e ajuda humanitária, contra o direito internacional”.

Crimes que diz contarem com a cumplicidade dos líderes mundiais, “ao recusarem-se a exigir um cessar-fogo humanitário e ao impedirem o Conselho de Segurança da ONU de impor um cessar-fogo a ambas as partes”.

O Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas, afirma que mais de 9000 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza desde 7 de Outubro, dia que ficou marcado pelo ataque do Hamas contra Israel, que resultou em mais de 1400 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Entretanto, nesta sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, chegou a Telavive com o objectivo de negociar com Benjamin Netanyahu​ a adopção de pausas “temporárias e localizadas” dos ataques para permitir a entrada de apoio humanitário na Faixa de Gaza.

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