Egipto
Com as Pirâmides de Gizé no fundo, esta exposição celebra a história do Egipto
A exposição Forever is Now III está no planalto das pirâmides do Cairo até 18 de Novembro. Entre relógios de sol e deusas egípcias, 14 artistas celebram a cultura deste país.
Um enorme e moderno portal à entrada das Grandes Pirâmides de Gizé, no Egipto, pedaços de cobre enterrados na areia que se assemelham a restos arqueológicos de um labirinto ou esculturas de vidro que fazem nascer água. A exposição Forever is Now III, organizada pela empresa de arte Art d’Égypte, está de volta, pelo terceiro ano consecutivo, ao local que é Património Mundial da UNESCO. O objectivo é o de sempre: celebrar a cultura do país misturando obras com 4500 anos e outras, de artistas actuais.
A exposição mostra o trabalho de 14 artistas internacionais e estará perto das Pirâmides até 18 de Novembro. O portal Mirror Gate da mexicana Pilar Zeta, é apenas uma das peças que mistura o tradicional com o moderno, neste caso representados pelo calcário branco e metal pintado. A obra representa a passagem do tempo, as esferas brilhantes douradas e azuis são uma analogia ao escaravelho que simboliza o renascimento e o ovo espelhado no centro do chão, a criação. “Sempre fui fascinada pelas Pirâmides de Gizé e por toda a cultura egípcia antiga — o misticismo em torno dela, os enigmas. As pirâmides são, na minha opinião, as esculturas mais sagradas do planeta Terra”, afirmou a artista, citada pela CNN.
Rashed Al-Shashai, da Arábia Saudita, construiu uma Pirâmide Translúcida de cestos de vime e, desta forma, destacou o artesanato tradicional do Egipto. O escultor Costas Varotsos, da Grécia, usou o vidro para representar a água do rio Nilo e aludir a um oásis no horizonte. A artista holandesa Sabine Marcelis escolheu um relógio de sol que durante o dia marca sombras na areia e, à noite, se ilumina.
A exposição trabalha em parceira com a UNESCO para garantir que as pirâmides ficam protegidas. É por esse motivo que as peças não estão em contacto directo com o solo do planalto, mas antes pousadas numa plataforma com 50 cm de areia importada.
Para Nadine Abdel Ghaffar, curadora do projecto, as pirâmides “são um símbolo de esperança” para a humanidade que merece ser visto. Resistiram a guerras, pandemias e, por muito conhecidas que sejam, ainda escolhem segredos.