PSOE reúne-se com Puigdemont. “Negociações estão no bom caminho”

Socialistas espanhóis estão cada vez mais perto de formar governo, depois de encontro com líder do Junts.

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Reunião entre elementos do PSOE e Carles Puigdemont PSOE
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Dois dias depois de Pedro Sánchez ter pedido pela primeira vez, e de forma totalmente aberta, a amnistia dos delitos na Catalunha durante o processo que culminou na declaração unilateral de independência da região em 2017, o PSOE reuniu-se com o líder do Junts, Carles Puigdemont. A reunião está a ser vista como o passo derradeiro para o acordo que permitirá ao PSOE assumir o Governo em Espanha.

O encontro decorreu em Bruxelas e teve em Santos Cerdán o interlocutor dos socialistas. Não houve qualquer declaração no final da reunião, mas numa publicação feita ao final da tarde de segunda-feira na plataforma X, o PSOE dá conta de que as “negociações estão no bom caminho” e que ficou acordado que as “conversações vão continuar nos próximos dias”.

Além de Santos Cerdán e de Puigdemont, na reunião estiveram também presentes o secretário-geral do Junts, Jordi Turull, ​o responsável pelo grupo do PSOE no Parlamento Europeu, Iratxe-García-Pérez, e o chefe da delegação socialista no Parlamento Europeu, Javier Moreno. O partido de Puigdemont também mencionou o encontro nas suas plataformas das redes sociais.

Trata-se da primeira reunião conhecida de destacados líderes do PSOE com Puigdemont. No dia 4 de Setembro, a líder do Sumar, como quem o PSOE fechou acordo de governo na passada semana, também se tinha reunido com o líder independentista.

Depois desta reunião, e da defesa da amnistia feita por Pedro Sánchez durante o fim-de-semana, a investidura do líder do PSOE como chefe do Governo em Espanha está cada vez mais próxima. O prazo para a escolha do próximo presidente do Governo termina a 27 de Novembro. Mas, segundo escreve a imprensa espanhola nesta terça-feira, os socialistas estão convencidos de que podem realizar a sessão de investidura já na próxima semana. A previsão, aponta por exemplo o jornal La Voz de Galicia, é a de que Sánchez receba o apoio da maioria absoluta do Parlamento na primeira votação de 8 de Novembro, graças ao apoio do ERC, Junts, Bildu e o Partido Nacional Basco (PNV, sigla em Espanhol), assim como os parceiros do Sumar.

Para ser investido, Sánchez terá de chegar a acordos não só com o Junts, mas também com a ERC e PNV. O Bildu já anunciou o seu voto favorável. A porta-voz da ERC, Raquel Sans, admitiu que as negociações com o PSOE se "intensificaram", mas apelou aos socialistas para que "se recomponham" se quiserem chegar a um acordo que ainda está "longe".

Pedro Sánchez insiste na amnistia

Também nesta segunda-feira, o líder do PSOE enviou uma carta aos militantes onde voltou a defender a amnistia, explicando que se trata do caminho correcto e que “contribuirá para sarar as feridas abertas com a Catalunha”.

Na carta, Sánchez congratula-se com o acordo de governo recentemente assinado com o Sumar, mas salienta que, "para alcançar a maioria necessária" para a sua investidura, é preciso "chegar a acordo com uma maioria parlamentar ainda maior".

"Uma maioria que exige mais progressos no reencontro para ultrapassar as feridas ainda abertas, produto de uma crise que os socialistas herdaram quando chegaram ao Governo. Estou convencido de que a amnistia contribuirá para isso. A experiência diz-nos que é o caminho certo, como o prova o sucesso das medidas adoptadas na última legislatura. Medidas que contribuíram de forma inegável para melhorar a convivência na Catalunha", pode ler-se na carta citada pelo jornal El País.

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