Vice-presidente terá usado talho para desviar 190 mil euros do Leixões
“Clube do Grande Porto” mencionado pela Procuradoria-Geral Regional do Porto é emblema leixonense, que promete reagir em comunicado ainda esta terça-feira.
O Leixões é o clube alegadamente lesado em 190 mil euros, num suposto esquema revelado na segunda-feira pela Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP). A acusação recai sobre um antigo vice-presidente do emblema leixonense, talhante de profissão, que terá usado o próprio negócio para o desvio verbas.
De acordo com o Ministério Público, o dirigente - que ao que o PÚBLICO apurou se trata de Paulo Pinhal - terá, entre 2017 e 2020, cobrado carne ao clube que seria depois vendida no talho de que era proprietário, lucrando duas vezes com o mesmo produto e desviando, desta fora, essa verba dos cofres do clube.
Um esquema que terá sido facilitado pelo facto de o mesmo vice-presidente ter a seu cargo a pasta das finanças do clube e que terá sido posto em prática com a participação da mulher de Paulo Pinhal. De acordo com a investigação, o casal ter-se-á apropriado também de verbas pagas em numerário ao Leixões, para além de ter supostamente realizado levantamentos e transferências de contas do clube.
Em declarações ao PÚBLICO, Jorge Moreira, presidente do Leixões, diz que o clube reagirá em comunicado à acusação.