Astronautas chineses regressam à Terra após seis meses no espaço

A China realizou a sua primeira missão espacial com tripulação em 2003 e planeia colocar astronautas na Lua antes de 2030.

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O astronauta Jing Haipeng a sair da cápsula de regresso da nave espacial tripulada Shenzhou-16 no local de aterragem de Dongfeng, no Norte da China LIAN ZHEN/XINHUA/EPA

Três astronautas chineses regressaram à Terra na manhã desta terça-feira, depois de seis meses a bordo da estação espacial chinesa em órbita.

Jing Haipeng, Zhu Yangzhu e Gui Haichao saíram em bom estado de saúde da cápsula, perto do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, na orla do deserto de Gobi, informou a agência oficial de notícias Xinhua.

A nova tripulação, composta também por três elementos, chegou à estação Tiangong na semana passada.

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O astronauta Gui Haichao a sair da cápsula LI GANG/XINHUA/EPA

A China realizou a sua primeira missão espacial com tripulação em 2003 e planeia colocar astronautas na Lua antes de 2030. Trouxe amostras da superfície lunar e fez aterrar um veículo de exploração. Os planos futuros incluem o envio de um novo telescópio para sondar as profundezas do universo.

A China construiu a sua estação espacial depois de ter sido excluída da Estação Espacial Internacional, em grande parte devido às preocupações dos Estados Unidos com o controlo militar chinês sobre o programa espacial nacional.

Pequim emergiu como o principal rival dos EUA na conquista de novos marcos no espaço e esta situação reflecte a competição pela influência entre as duas maiores economias do mundo nas esferas tecnológica, comercial, militar e diplomática, com a reivindicação chinesa de soberania sobre o Mar do Sul da China e Taiwan como pontos de discórdia.

Os EUA, por seu lado, pretendem voltar a colocar astronautas na superfície lunar até ao final de 2025, no âmbito de um compromisso renovado com as missões tripuladas, com a ajuda de operadores do sector privado como a SpaceX e a Blue Origin.

Além dos programas lunares, os dois países também já fizeram aterrar separadamente veículos de exploração em Marte, e a China planeia seguir os EUA na aterragem de uma nave espacial num asteróide.