FC Porto teve em Vizela a viagem mais tranquila da época

Num jogo onde manteve sempre a partida sob controlo, os portistas venceram no Minho por 2-0, com golos na primeira parte de Taremi e Eustáquio

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Eustáquio festeja o segundo golo do FC Porto em Vizela LUSA/JOSE COELHO
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Liga dos Campeões à parte, o FC Porto teve, ao fim de nove jogos na I Liga, a primeira jornada sem qualquer sobressalto. Após seis vitórias no campeonato pela margem mínima, a viagem dos “dragões” a Vizela foi tranquila. Embalados pela goleada a meio da semana na Bélgica, os portistas marcaram dois golos na primeira parte – Taremi e Eustáquio – e, sem terem necessidade de colocar qualquer intensidade, geriram no segundo tempo a vantagem (2-0) que permite à equipa de Sérgio Conceição igualar o Benfica e o Sporting (menos um jogo) na liderança do campeonato.

Quatro dias depois de voltar a mostrar na Liga dos Campeões uma face ainda não vista neste campeonato - se na “Champions” os “dragões” já somam dois triunfos por dois ou mais golos, na I Liga chegaram à jornada 9 apenas com vitórias pela margem mínima -, Sérgio Conceição tinha alertado que “Vizela é sempre um terreno muito difícil para se jogar”. Porém, o filme do jogo não confirmou as palavras do treinador e reforçou a história entre os dois clubes: o FC Porto venceu os sete últimos jogos realizados frente ao Vizela e nunca sofreu golos na casa dos vizelenses.

Porém, para abordar um duelo que antevia complicado, Conceição tinha algumas surpresas. Com Wendell e Zaidu lesionados, o principal candidato à vaga no lado esquerda da defesa parecia ser André Franco, mas a solução portista passou por dar a primeira titularidade da época ao mexicano Jorge Sánchez, passando João Mário para a esquerda. Igualmente novidade, foi o lugar no “onze” de Francisco Conceição que ganhou a corrida pelo lugar de Galeno.

Do outro lado, o espanhol Pablo Villar manteve a mesma equipa que na jornada anterior tinha empatado a zero no Algarve frente ao Farense e, na verdade, o Vizela continuou a mostrar os problemas que empurram os minhotos para o antepenúltimo lugar, com apenas uma vitória.

Sem ter de carregar muito no acelerador, o FC Porto assumiu o comando do jogo desde o apito inicial e, mesmo mostrando problemas em criar oportunidades, chegou com naturalidade à vantagem: de forma disparatada Bruno Wilson derrubou Evanilson na área e, na conversão do penálti, Taremi inaugurou o marcador.

Em vantagem, o FC Porto pareceu relaxar e convidou o Vizela a arriscar um pouco mais. E os minhotos parecem ter capacidade para colocar os portistas em problemas – Nuno Moreira teve duas boas oportunidades para marcar aos 33’ e 39’ -, mas, ainda antes do intervalo, os portistas praticamente sentenciaram o jogo: Evanilson combinou com Eustáquio e o internacional canadiano, com um excelente remate de pé esquerdo, fez o segundo golo portista.

Ao intervalo, a perder por 0-2, Pablo Villar trocou um médio (Busnić) por outro (Ortiz), mas Sérgio Conceição já tinha metido o jogo no congelador e dado ordem aos seus jogadores para jogarem no risco zero. Se no ataque essa ordem foi acatada, na defesa nem por isso. Com o Vizela a ser pouco mais do que inofensivo, David Carmo cometeu (mais) um erro e estendeu a passadeira a Samu para marcar. No entanto, na cara de Diogo Costa, o capitão vizelense conseguiu o mais difícil: não acertar na baliza.

Sem que o jogo trouxesse qualquer facto relevante, foi preciso Carmo voltar a assumir o protagonismo. Vinte minutos depois de ver um amarelo, o defesa protestou de forma intempestiva uma decisão do árbitro e a resposta do banco portista foi imediata: sem ter tempo sequer para aquecer, Fábio Cardoso recuperou o lugar ao lado do Pepe.

A partir daí, o jogo recuperou a monotonia dos últimos 45 minutos e, gerindo o ritmo como queria, o FC Porto manteve a vantagem de 2-0, que garante aos portuenses a subida à liderança da I Liga a par do Benfica e do Sporting, que ainda terá de jogar no Estádio do Bessa.

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