Vieira da Silva diz que Montenegro revela “grande desconhecimento” sobre execução do PRR

Mariana Vieira da Silva criticou Montenegro, que diz que a Comissão Europeia “não tem sido suficientemente enfática a anotar o erro da estratégia” do Governo português no que toca à execução do PRR.

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"Penso que é reconhecido por todos o trabalho e a crescente execução do PRR", aponta a ministra da Presidência LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS
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A ministra da Presidência considerou esta quinta-feira que o presidente do PSD revela grande desconhecimento sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e lamentou que este partido retome a linha de pedir à Comissão Europeia para sancionar Portugal.

Estas posições foram transmitidas por Mariana Vieira da Silva em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, depois de confrontada com o facto de Luís Montenegro ter afirmado, em Bruxelas, que a Comissão Europeia falha ao não apontar os erros do Governo português na execução do PRR.

"É uma crítica à Comissão [Europeia] que, do meu ponto de vista, não tem sido suficientemente enfática a anotar o erro da estratégia que o Governo português segue, independentemente do respeito que a Comissão tem de ter pela estratégia governamental de cada Estado-membro", disse Luís Montenegro, à entrada para uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE).

Para a ministra da Presidência, porém, estas declarações do líder do PSD demonstram "grande desconhecimento sobre o ponto de situação e os avanços alcançados por Portugal na execução do PRR".

"Nas aldeias e vilas, em todos os concelhos, é visível que há um avanço significativo, com obras um pouco por todo o país. Penso que é reconhecido por todos o trabalho e a crescente execução do PRR", sustentou, antes de voltar a criticar a actuação do PSD.

De acordo com Mariana Vieira da Silva, "esta não é a primeira vez que o PSD segue este caminho junto das instituições europeias, julgando que o seu melhor caminho de oposição interna é dirigir-se à Comissão Europeia pedindo que sancione" Portugal.

"É assim agora e já foi assim no passado", afirmou, fazendo uma alusão indirecta a 2017, quando Portugal esteve em vias de ser sujeito, pela Comissão Europeia, ao Procedimento por Défice Excessivo. Na perspectiva da ministra da Presidência, "este não deveria ser o caminho seguido por um grande partido como PSD", completou.