A Inês Pereira de Pedro Penim não quer sair da cama

Nos 500 anos da Farsa de Inês Pereira, o autor e encenador reescreve o clássico de Gil Vicente, tornando-o palco de uma luta contra o trabalho. Estreia esta sexta-feira, em Évora.

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Farsa de Inês Pereira, por Pedro Penim Filipe Ferreira
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A farsa é de Inês Pereira. E Inês Pereira sabe-o. Por isso mesmo, nesta versão do clássico da dramaturgia portuguesa de Gil Vicente, reescrito por Pedro Penim, a personagem não se verga aos humores do autor quinhentista, recusa ser um recurso cómico para fazer rir as gentes e diverti-las com os seus caprichos. “A farsa he de Inês Pereira, certo? / Então sam eu que a subverto”, diz Inês (David Costa), já a peça quase se extingue, respeitando ainda a métrica, a rima e a grafia com que Penim se lança ao texto para a partir dele reescrever esta história.

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