Portugal esmagador na Bósnia em dia de teste à invencibilidade

Bósnia-Herzegovina não resistiu à entrada demolidora da selecção nacional, que garantiu o primeiro lugar do Grupo J e posicionou Cristiano Ronaldo na corrida pelo melhor goleador.

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Cristiano Ronaldo anotou o segundo golo aos 21 minutos EPA/FEHIM DEMIR
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Garantido o apuramento mais rápido da história da selecção, Portugal tinha, esta segunda-feira, na Bósnia-Herzegovina, a oportunidade ideal para fechar o primeiro lugar do Grupo J de qualificação para o Euro 2024, numa espécie de teste decisivo à invencibilidade das equipas de Roberto Martínez em fases de qualificação. E a formação lusa passou com distinção, goleando por (0-5), com cinco golos ao intervalo, no oitavo triunfo em oito jogos. Cristiano Ronaldo bisou e chegou aos 9 golos nesta fase, a um de Lukaku, e ainda houve tempo para a estreia de João Neves.

Roberto Martínez procurou compensar a erosão provocada pelo jogo do Dragão, com a Eslováquia, sem alterações demasiado disruptivas. Com a inclusão de Gonçalo Inácio em detrimento de António Silva no eixo defensivo, o seleccionador aproveitou as características de Danilo Pereira, chamado a render Palhinha, para tentar diferentes geometrias e dinâmicas.

Danilo fazia a aproximação aos centrais (a três) e permitia que João Cancelo, colocado à esquerda, explorasse zonas mais interiores e combinações com Otávio, já que o corredor tinha ainda João Félix e Rafael Leão.

Essa plasticidade deu a Portugal a destreza necessária para confundir os bósnios, que dispuseram de pouco mais de dois minutos antes de Barisic cometer penálti involuntário após investida de Leão e insistência de Félix, cujo remate sofreu um ressalto antes de bater no braço do defesa central.

Feitas as verificações pelo VAR, Ronaldo aumentou a conta pessoal, dando início a uma goleada construída ainda na primeira meia hora de jogo. As más notícias não paravam por aí para a selecção dos balcãs, que se via ainda ultrapassada pela Islândia antes das duas últimas “finais” de Novembro, no Luxemburgo e na recepção à Eslováquia.

Já para a selecção de Martínez, com Bruno Fernandes a deambular entre o seu habitat natural e o espaço extra deixado pela ausência de Bernardo Silva, as peças de um puzzle demasiado simples de resolver começavam a encaixar-se na perfeição.

A começar pelo bis de Cristiano Ronaldo, anulado antes da justa rectificação do VAR, que colocou o “capitão” provisoriamente no primeiro lugar dos melhores marcadores da qualificação a par de Lukaku, com nove golos, antes de o belga chegar ao décimo em jogo interrompido ao intervalo na sequência de um ataque terrorista em Bruxelas.

Daí ao terceiro, da autoria do médio do Manchester United, foi um foguete. Bruno redimiu-se de uma oportunidade clara falhada ainda com a vantagem mínima de Portugal e a selecção embalou de forma imparável para um triunfo esmagador, com mais dois golos antes do intervalo.

João Cancelo e João Félix reduziam a Bósnia a uma selecção sem rumo nem capacidade para discutir a um nível estratosférico, como as estatísticas facilmente confirmavam. Sem qualquer remate, a equipa de Milosevic era uma sombra do que mostrara há seis meses, na Luz, onde acabou por perder por 3-0 depois de ter dificultado a vida aos portugueses.

Segunda parte a gerir

Na segunda parte, sem necessidade de conquistar mais um resultado histórico, depois dos 9-0 ao Luxemburgo, Portugal procurou pautar o jogo, evitando surpresas que pudessem complicar a gestão que Roberto Martínez tinha em mente e que começou pelo ataque, com o "capitão" e Rafael Leão a serem os primeiros a sair. Diogo Jota, Pedro Neto, Rúben Neves e Vitinha avançavam, ficando a expectativa quanto à estreia de João Neves. Martínez esperou até aos 85 minutos e lançou o algarvio do Benfica, no lugar de Otávio.

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