Quem duvidou dos “all blacks”?

A Nova Zelândia derrotou a “imbatível” Irlanda e, tal como a Argentina, está nas meias-finais do Campeonato do Mundo de râguebi.

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A Nova Zelândia acabou com a série de 17 vitórias da Irlanda Reuters/SARAH MEYSSONNIER
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A história mostrava que a Irlanda nunca tinha ultrapassado os quartos-de-final, mas a história também nos dizia que, quando a Nova Zelândia chega a um Campeonato do Mundo de râguebi com o orgulho ferido, é quando se torna mais temível. E, para quem tinha duvidado dos “all blacks”, a resposta chegou neste sábado, no Stade de France: no melhor jogo até ao momento na competição, os neozelandeses derrotaram os irlandeses (28-24), líderes do ranking mundial, e estão na meia-final do Mundial 2023. A Argentina também é semifinalista após eliminar o País de Gales: 29-17.

Eram 17 vitórias consecutivas para a Irlanda e, do outro lado, estava uma Nova Zelândia que não tem, desta vez, o mediatismo (também no nome dos jogadores) do passado, mas os “all blacks” serão sempre os “all blacks”. Mesmo jogando 20 dos 80 minutos em inferioridade numérica, a Nova Zelândia mantém-se na corrida do quarto título mundial.

E, para o conseguir, teve de ultrapassar uma Irlanda de grande nível e que lutou até à última bola pela vitória, mas os neozelandeses mostraram a sagacidade e um pragmatismo táctico que tantos títulos lhes custaram no passado e, de forma merecida, já estão a um pequeno passo da final.

Um par de horas antes da vitória dos “all blacks”, foi a Argentina que festejou em Marselha o regresso a uma meia-final de um Mundial. No Vélodrome, o confronto entre País de Gales e os “pumas” não tinha um favorito declarado à partida, mas os galeses acabaram por pagar o preço de terem perdido jogadores que são imprescindíveis para a equipa britânica.

A selecção liderada por Warren Gatland iniciou o encontro sem o influente “8” Taulupe Faletau – os argentinos também não tinham Pablo Matera -, mas durante a partida perderam Liam Biggar, o que acabou por desequilibrar os pratos da balança nos últimos minutos.

Mostrando o enorme acerto defensivo da fase de grupos nos primeiros minutos, o País de Gales esteve a vencer por 10-0, mas os argentinos, com quatro penalidades de Emiliano Boffelli, passaram para a frente (12-10).

Com um ensaio de Tomos Williams, os britânicos recuperaram a liderança, mas quebraram fisicamente nos últimos 20 minutos e, com dois ensaios - Joel Sclavi (68'), Nicolas Sanchez (77') -, fecharam o marcador em 29-17.

Para este domingo, estão marcados os jogos que restam nos quartos-de-final, sendo que a história irá repetir-se: haverá duelo entre candidatos será em Saint-Denis. Porém, a partir das 16h, o Vélodrome receberá mais uma selecção do grupo de Portugal.

Embora o favoritismo recaia para o lado da Inglaterra, o jogo de Agosto contra Fiji estará presente na memória dos vice-campeões do Mundo (30-22 para os fijianos em Twickenham) e, num dia bom, a selecção do Pacífico pode ser um problema para qualquer rival.

Porém, as atenções estarão centradas no Stade de France, onde haverá um aguardado (e imprevisível) França-África do Sul, onde os franceses terão um importante “reforço”: Dupont, para muitos o melhor jogador da actualidade, está de regresso, após recuperar em tempo recorde de uma lesão sofrida durante a competição.

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