Gasolina e gasóleo subiram 13 e 15 cêntimos em Agosto

Expectativas sobre o aumento da procura por parte da economia chinesa marcam subida das cotações internacionais do petróleo e derivados e influenciam preço final em bomba.

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Abastecer o tanque com gasóleo aditivado representou "um acréscimo de 6,2 cêntimos por litro face ao gasóleo simples" em Agosto LUSA/LUÍS FORRA

Em Agosto, os preços dos combustíveis vendidos nos postos de abastecimento no território continental aumentaram face a Julho, acompanhando a tendência de subida do petróleo e derivados nos mercados internacionais, influenciada pelo crescimento da procura, em particular da China, e por receios de escassez com os cortes de produção da Arábia Saudita e Rússia.

O preço médio de venda ao público (PVP) da gasolina simples 95 subiu 7,8% e, no gasóleo, houve uma subida de 9,7%, concluiu a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) no boletim de Agosto sobre o mercado de combustíveis.

Em média, a gasolina simples 95 vendeu-se a 1,874 euros o litro (mais 0,136 euros face a Julho) e o gasóleo simples foi comercializado a 1,745 euros/litro (mais 0,155 euros). O GPL Auto custou em média 0,878 euros/litro, uma subida de 2,6% face a Julho.

Na gasolina, “a maior fatia do PVP paga pelo consumidor correspondeu à componente de impostos, representando em Agosto 50,1% do total da factura da gasolina [simples 95]”. A cotação do produto e o transporte marítimo representaram 38% do preço médio e os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis e a logística e constituição de reservas estratégicas somaram cerca de 11,9% do PVP médio.

“Os hipermercados apresentaram as ofertas mais competitivas: 0,7 cent/l abaixo dos operadores do segmento low cost e 5,6% inferiores aos dos postos de abastecimento que operam sob a insígnia de uma companhia petrolífera, representando uma diferença de 10,6 cent/l”, adiantou a ERSE.

A gasolina 95 aditivada custou em média aos consumidores mais 2,2% do que a gasolina simples 95 e este acréscimo “foi mais pronunciado na gasolina 98 (cerca de 3,9%), como tem sido habitual no mercado nacional”, referiu a entidade reguladora.

Em média, em Agosto, o litro de gasolina 95 aditivada custou 1,915 euros e o litro de gasolina simples 98, 2,016 euros, enquanto a gasolina 98 aditivada foi vendida a 2,097 euros/litro.

O gasóleo aditivado teve um preço médio de 1,807 euros/litro. Considerando o gasóleo simples (PVP médio de 1,745 euros/litro), o peso dos impostos foi de 45,2% em cada litro. A cotação do produto e o frete somaram 41,5% e os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas representaram, "em conjunto, cerca de 13,3% do PVP médio”. Os hipermercados mantêm-se com os preços mais competitivos, que são cerca de 9,4 cent/l mais baixos que o preço médio nacional.

“Os operadores com ofertas low cost disponibilizaram gasóleo simples a um preço médio de 1,657 €/l, o que representa um adicional de 0,4% face ao preço dos hipermercados”, contabiliza a ERSE. Já as chamadas companhias petrolíferas de bandeira reportaram “preços médios de 1,768 €/l, cerca de 2,3 cent/l acima do preço médio nacional”.

No mês de Agosto, abastecer o tanque com gasóleo aditivado representou “um acréscimo de 6,2 cêntimos por litro face ao gasóleo simples”, acrescenta o boletim mensal da ERSE.

Quanto ao GPL Auto, em que o preço médio de venda ao público aumentou 2,6% face a Julho (para 0,878 euros/litro) cerca de 43% do valor são impostos, 33,7% dizem respeito a cotação e frete e os custos e margem representam 22,4%.

As cotações dos gases de petróleo liquefeito, butano e propano, também aumentaram na Europa, em 31,5% e 9,8%, respectivamente. Como tal, o preço do gás engarrafado também subiu. No caso das garrafas mais comercializadas de gás propano (11 Kg) e de butano (13 kg), a variação face a Julho foi de 0,3% e 0,2%, respectivamente, para 30,15 euros e 30,08 euros.

Segundo a ERSE, Viseu, Braga e Vila Real “registaram a garrafa de GPL (butano e propano) com o menor custo”, enquanto em Beja, Faro e Leiria se verificaram os preços mais altos.

No caso dos combustíveis líquidos, Castelo Branco, Braga e Portalegre registaram os preços de gasóleo e gasolina mais baixos, em sentido contrário a Beja, Bragança, Guarda e Faro, com os preços mais elevados.

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