Metade dos bilhetes para os “quartos” do Mundial de râguebi por entregar

Faltam oito jogos para ficar concluída a primeira fase do Campeonato do Mundo de râguebi e há ainda a importante luta pelo terceiro lugar em cada grupo.

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A Austrália precisa de uma ajuda de Portugal para evitar uma eliminação histórica Reuters/GONZALO FUENTES
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Com quatro selecções já com os quatro jogos na fase de grupos do Campeonato do Mundo de râguebi cumpridos - Namíbia, África do Sul, Austrália e Chile -, a contagem decrescente para o final da primeira fase do França 2023 arranca na próxima quinta-feira, em Lyon, com o duelo entre a Nova Zelândia e o Uruguai, que nenhuma influência deverá ter no Grupo A. Porém, nos restantes três grupos, ainda há quatro bilhetes para os quartos-de-final por entregar.

Há oito partidas por disputar - duas em cada grupo - e ainda muito por decidir. E não está em causa apenas saber quem continuará na luta pela conquista do título mundial. Há, também, ainda a importante luta pelo terceiro lugar em cada grupo, posição que garante de imediato o bilhete para o próximo Campeonato do Mundo, que será disputado em 2027, na Austrália.

Assim, o Grupo A é o único no qual já se sabe quem vai continuar em prova. Sem surpresa, as vagas foram garantidas pela França e pela Nova Zelândia, mas nestes dois últimos jogos terá de ficar definido quem passa em primeiro lugar – os franceses defrontam na sexta-feira a Itália, em Lyon, e não deverão ter dificuldades em vencer, mantendo assim a liderança. Para os “azzurri”, ainda a recuperarem do atropelamento sofrido contra os “all blacks” – derrota por 96-17 -, ficará como prémio de consolação a terceira posição e a presença na Austrália.

Apelidado no início como o “grupo da morte”, no “B” ainda não há apurados e há a Escócia à espera de uma surpresa. Com a África do Sul a aguardar pelo que acontecerá entre escoceses e irlandeses – os campeões do mundo só seriam eliminados no cenário, pouco provável, de a Escócia ganhar com quatro ou mais ensaios e a Irlanda conseguir um ponto de bónus. No duelo entre vizinhos das ilhas britânicas, a Escócia apenas com a conquista de cinco pontos terá hipótese de ficar nos dois primeiros lugares.

No grupo de Portugal, é a Austrália que terá de ficar uma semana à espera de que um duelo de terceiros decida o seu futuro. E o que pode ser um acontecimento histórico – primeiro afastamento australiano na fase de grupos -, apenas pode ser evitado pelos “lobos”. Para que os “wallabies” não tenham de viajar já para casa, o que fará aumentar ainda mais a contestação ao seleccionador australiano Eddie Jones – foi sempre assobiado quando surgiu nos ecrãs do estádio em Saint-Étienne -, Fiji não pode somar qualquer ponto contra Portugal no próximo domingo, em Toulouse.

Se os fijianos conseguirem, pelo menos, o bónus defensivo (derrota por menos de oito pontos) ou o ofensivo (quatro ou mais ensaios marcados), juntam-se ao País de Gales. Os galeses vão defrontar no sábado a Geórgia já apurados e precisam de apenas um ponto para garantirem o primeiro lugar.

Finalmente, é no Grupo D que está a única selecção que já tem a primeira posição no bolso: a Inglaterra. Falta ainda saber quem acompanha os vice-campeões do mundo na viagem para os quartos-de-final. E isso será decidido numa “final”: Argentina e Japão defrontam-se no domingo, em Nantes, num confronto que os nipónicos estão obrigados a ganhar.

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