Consumidores e empresas mais pessimistas em relação à economia
O indicador de confiança dos consumidores voltou a diminuir em Setembro, ao passo que o barómetro das empresas caiu pelo terceiro mês consecutivo.
O indicador de confiança dos consumidores voltou a diminuir em Setembro, após ter atingido em Julho máximos desde Fevereiro de 2022, enquanto o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos das respostas expressas nos inquéritos às empresas, recuou pelo terceiro mês consecutivo, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A confiança entre consumidores antes do Verão dissipou-se de alguma forma, dando lugar a um maior pessimismo. Segundo os resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores, o indicador de confiança dos consumidores diminuiu em Agosto e Setembro, mas de forma mais expressiva no último mês.
“A evolução do indicador no último mês resultou do contributo negativo de todas as componentes”, diz o INE. Isso inclui maior pessimismo em relação às expectativas de evolução futura de realização de compras importantes por parte das famílias, da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar. Mais negativas são também as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar.
As expectativas sobre a evolução futura da situação económica mudaram de tendência em pleno Verão. Vinham a melhorar desde Novembro de 2022, atingindo em Julho o patamar mais alto desde o início da guerra na Ucrânia.
Porém, a partir daí, o sentimento mudou. O mesmo aconteceu no clima económico no comércio e nos serviços, que são os dois sectores em que o pessimismo mais aumentou, ajudando a degradar o indicador de clima económico entre empresas.
O INE nota que este “diminuiu entre Julho e Setembro, após ter estabilizado em Junho”, tendo os indicadores de confiança diminuído no comércio e nos serviços e aumentado na construção e obras públicas e na indústria transformadora.
“Neste último caso, o indicador de confiança aumentou nos agrupamentos de Bens de Consumo e de Bens Intermédios, tendo diminuído expressivamente no agrupamento de Bens de Investimento, em consequência da intensa redução observada no subagrupamento de Fabricação de Veículos Automóveis”, detalha o INE.