Pensões mais baixas podem aumentar entre 6% e 6,5% no próximo ano
Maioria das pensões ganha poder de compra em 2024, de acordo com os cálculos do jornal Expresso.
A maioria das pensões (até aos 1000 euros) deverá aumentar entre 6% e 6,5% no próximo ano. Os cálculos feitos pelo jornal Expresso dão ainda conta de aumentos entre 5,7% e os 6,2% para as pensões um pouco mais altas, enquanto as pensões acima de 6100 euros brutos continuarão congeladas.
Depois de em 2023 o Governo ter optado por não aplicar a fórmula automática logo em Janeiro – algo que, entretanto, corrigiu ao decretar um aumento intercalar das pensões a partir de Julho –, para o próximo ano já foi assumido que se aplicará a Lei 53-B/2006.
Isso significa que a actualização das pensões terá em conta o crescimento real do produto interno bruto (PIB) nos últimos dois anos (correspondente à média da taxa do crescimento médio anual dos últimos dois anos, terminados no 3.º trimestre do ano anterior àquele a que se reporta a actualização ou no trimestre imediatamente anterior, se aquele não estiver disponível à data de 10 de Dezembro) e a variação média dos últimos 12 meses da inflação sem habitação, disponível a 30 de Novembro.
O Expresso tenta antecipar estes indicadores e, assumindo uma inflação (sem habitação) de 5% a 5,5% nos 12 meses terminados em Novembro de 2023 e um crescimento do PIB acima de 3%, conclui que a maioria dos pensionistas terá aumentos acima da inflação.
Somando o aumento das pensões no início de 2022, o “complemento extraordinário” pago em Outubro, as subidas em Janeiro e Julho deste ano, com a esperada actualização em torno dos 6% em Janeiro de 2024, um reformado que tinha uma pensão de 400 euros no final de 2021 poderá acumular no início do próximo ano um aumento real de 2,8%. Já alguém com 500 euros, valor em linha com a pensão média no país, irá acumular um ganho real em torno dos 2,3%.