Tânia Oleiro canta Lisboa e o fado, antes de mostrar em Oeiras o que o fado já lhe deu

Nas lides do fado há duas décadas, Tânia Oleiro lançou um primeiro álbum em 2016, com a chancela do Museu do Fado, que na verdade só começou a ser divulgado dois anos depois, em 2018. Um tempo para aferir da sua maturidade. “Quis consolidar os temas, pesquisar, aprender um bocadinho mais sobre o fado, os seus autores, os seus compositores, os intérpretes”, disse ela ao PÚBLICO em 2018, a justificar o atraso no lançamento de Terços de Fado, assim se chamava o seu disco de estreia. Desde então, passaram-se cinco anos, com uma pandemia pelo meio, e Tânia Oleiro não tem parado. Em Março de 2020, lançou em single e videoclipe De Pé sobre o silêncio e agora estreia um novo tema, Lisboa e o fado, precisamente na véspera de se apresentar em concerto, no Ciclo Vozes do Fado de Oeiras. É este sábado, dia 23, no Auditório Municipal Eunice Muñoz, no centro histórico da vila, às 21h30, e nele, além dos nos temas, percorrerá parte do repertório que tem vindo a criar em vários palcos e nas casas de fado.

Lisboa e o fado, com letra de Mário Rainho e música de José Fontes Rocha (1926-2011), é mais um tema a antecipar o EP que Tânia Oleiro se prepara para lançar em breve. Com ela (voz), estão Pedro Amendoeira (guitarra portuguesa), Pedro Pinhal (viola de fado) e Paulo Paz (viola baixo). A produção musical, captação, mistura e masterização são de Fernando Nunes. Tudo por uma paixão, retratada neste fado: “Dizem que Lisboa, agora,/ Vive em estado de pecado./ Pois, a cidade namora/ Com um velho chamado Fado./ Dou a quem fala um conselho,/ Deixem-na andar à toa,/ Com aquele a quem chamam velho/ E é mais novo que Lisboa.”