O Porto já é uma distopia

E o que fazemos às estátuas retiradas? Vão para um armazém? Por que não organizar um parque para estátuas caídas em desgraça, onde a corrosão do bronze possa acompanhar o envelhecimento das ideias?

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Há pouco tempo, lancei um romance (skyline, Teodolito, 2021) em que imaginava a cidade do Porto, anos mais à frente. Nesse futuro, o pensamento era dominado pela autarquia, que indicava aos cidadãos quais as palavras que deviam celebrar; tudo isto numa eminente fratura social em que não era difícil reconhecer traços que caracterizam as políticas e comportamentos do Executivo que, desde 2013, governa a cidade.

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