Sismo em Marrocos provocou vários danos em monumentos históricos

O centro histórico de Marraquexe, classificado como património mundial da UNESCO, foi uma das zonas mais afectadas, com mesquitas, muralhas e casas tradicionais danificadas.

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Estragos na mesquita da Praça Jemaa el-Fna, considerada o coração de Marraquexe Getty Images
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Já foram contabilizados vários danos em monumentos e locais históricos de Marraquexe na sequência do violento sismo que atingiu Marrocos esta sexta-feira e que fez mais de dois mil mortos. O centro histórico de Marraquexe, classificado como património mundial da UNESCO, foi uma das zonas mais dilaceradas.

A extensão dos estragos ainda não é totalmente conhecida, mas relatórios iniciais dão conta de que pontos significativos do património cultural e histórico da cidade velha (também conhecida como Medina) não saíram incólumes. Caiu o minarete da mesquita da Praça Jemaa el-Fna (século XI), conhecida como o coração do centro histórico de Marraquexe; o minarete da mesquita Kutubiyya (século XII) está em risco de colapso; várias muralhas, casas tradicionais e edifícios ficaram danificados, tendo sido Mellah, o antigo bairro judeu da cidade, a zona mais afectada.

Fora do centro histórico, foram registados graves danos na mesquita de Tinmel, um dos locais mais importantes das montanhas do Alto Atlas. Segundo a agência Reuters, meios de comunicação marroquinos noticiaram que partes desta mesquita do século XII desabaram. À Reuters, o Ministério da Cultura do país disse já estar a fazer um orçamento para restaurar o monumento, sem avançar com mais detalhes.

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Eric Falt, director regional da UNESCO para a região do Magrebe, orientou uma avaliação dos estragos de duas horas na cidade velha, noticiou o jornal Morocco World News. “Após um desastre como este, o mais importante é preservar vidas, mas é também necessário traçar um plano imediato para uma segunda fase, que incluirá a reconstrução de escolas e bens culturais afectados pelo sismo”, afirmou o especialista.

Também a directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, alertou para a importância de proteger o património cultural e histórico de Marraquexe, assinalando que os danos são “muito mais significativos do que o esperado”.

“Prevê-se que o impacto do sismo no património de Marraquexe seja um desafio a longo prazo, que exigirá cuidadosos esforços de restauração e preservação.”

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