Madison Keys e Coco Gauff tentam “ser” Serena Williams no US Open

No torneio masculino da prova, Carlos Alcaraz continua a encantar, a descansar e a ganhar.

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Madison Keys Reuters/Danielle Parhizkaran
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Madison Keys (17.ª) vai disputar nesta quinta-feira a sua primeira meia-final do US Open desde 2018, quando perdeu na final com a compatriota e amiga Sloane Stephens. Na quarta-feira, a norte-americana de 28 anos assinou 19 winners (incluindo quatro ases) e anulou os nove break-points que enfrentou para derrotar a recente campeã de Wimbledon, Marketa Vondrousova (9.ª), por 6-1, 6-4, em menos de hora e meia.

Com Keys no comando, o entusiasmo na Arthur Ashe Stadium foi aumentando, assim como o volume sonoro à medida que as bancadas se iam preenchendo, ao ponto de as jogadoras terem dificuldades em ouvir os seus treinadores.

“Para ser sincera, não ouvi merda nenhuma”, admitiu Keys com uma gargalhada, antes de pedir desculpa por dizer um palavrão quando entrevistada no court.

Frente a Aryna Sabalenka (2.ª) – uma das cinco outras jogadoras ainda no activo com seis ou mais presenças em meias-finais em majors - Keys vai tentar nesta quinta-feira ser a primeira finalista americana desde Serena Williams, em 2019, embora essa missão seja partilhada com Coco Gauff (6.ª) que, na outra meia-final, enfrenta a checa Karolina Muchova (10.ª).

No torneio masculino, chegado a Nova Iorque com um troféu ATP 1000 conquistado dias antes em Cincinnati, Carlos Alcaraz preocupou-se em gerir o desgaste, ao mesmo tempo que, ronda a ronda, ia defendendo o título. Uma dor na perna esquerda, após ultrapassar a terceira eliminatória, fez soar os alarmes e o descanso passou ser tão importante como cada vitória. E depois de passar mais um dia de folga sem tocar na raqueta, Alcaraz qualificou-se para a quarta meia-final consecutiva em torneios do Grand Slam – não participou no Open da Austrália, em Janeiro.

“É um grande registo. Tentamos encarar estes resultados com normalidade. Os jogadores que enfrento têm que jogar muito bem para ganhar-me”, adiantou o espanhol de 20 anos. Alexander Zverev, 12.º no ranking mundial, confirmou-o nos quartos-de-final; o alemão vinha de vencer o mais longo encontro do US Open até ao momento – de quatro horas e 41 minutos, frente a Jannik Sinner – e já não teve a energia necessária para discutir o resultado com o espanhol, intenso, forte fisicamente e mais maduro do que há um ano, quando conquistou aqui o primeiro título do Grand Slam.

Alcaraz (1.º) anulou os cinco break-points que enfrentou e concretizou todas as quatro oportunidades de break ao seu dispor, para vencer, por 6-3, 6-2 e 6-4.

“Surpreendeu-me a mim próprio, porque nos encontros anteriores custou-me fazer um break”, confessou Alcaraz, que celebrou a vitória imitando o futebolista Jude Bellinghan, a nova estrela do “seu” Real Madrid.

Nas meias-finais – que, pela primeira vez desde 2018, apresentam três antigos campeões: Novak Djokovic (2018), Daniil Medvedev (2021) e Alcaraz (2022) – o ainda líder do ranking vai defrontar Daniil Medvedev (3.º), mas irá passar toda a quinta-feira no hotel, a recuperar com a sua equipa médica. Já Djokovic (2.º), número um mundial na próxima segunda-feira, terá como adversário o jovem Ben Shelton (47.º).

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