Novo patriarca diz que “na Igreja todos têm lugar” e assume “compromisso sério” com paz
Homilia de Rui Valério contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e de outras figuras de Estado.
O novo patriarca de Lisboa defendeu este domingo que "na Igreja todos têm lugar", disse querer ver os frutos da Jornada Mundial da Juventude em "acção" e falou do "compromisso sério" da Igreja na busca da paz, nomeadamente na Ucrânia.
Estes foram alguns dos pontos da homilia do novo patriarca Rui Valério, na entrada solene no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, do antigo presidente da República, Cavaco Silva, bem como de altos representantes do governo, da Assembleia da República, das Forças Armadas e da sociedade civil e religiosa.
Reconhecendo iniciar uma "nova etapa" da Igreja e sublinhando a importância e o significado da realização da última Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, que ficou como um "marco" da fé, da esperança e do entusiasmo dos jovens, o patriarca pediu uma igreja de "proximidade" e de relação com o próximo. Citou a propósito Fernando Pessoa, ao dizer "Viver é ser o outro" (Livro do Desassossego por Bernardo Soares).
Nesta entrada solene do 18.º patriarca de Lisboa, Rui Valério aludiu ainda à questão dos abusos sexuais e à guerra da Ucrânia, lembrando sobre este último assunto que o Papa Francisco já comparou o conflito à III Guerra Mundial, sendo preciso procurar a paz.
"A Igreja de Lisboa tem tido um compromisso sério com a paz", acentuou o patriarca, apelando à colaboração entre a Igreja, o Estado, as Forças Armadas e de toda a sociedade no sentido de implementar o convívio entre as instituições e a procura da paz.