Sarah Ferguson diz que só depois da mastectomia parou de se comparar à princesa Diana

A duquesa de York foi operada a um cancro da mama este ano e garante que foi um momento transformador para a auto-estima. Fergie era frequentemente comparada com a “princesa do povo” pela imprensa.

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A duquesa de York tem 63 anos Rui Gaudêncio/Arquivo
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A ex-mulher do príncipe André, Sarah Ferguson, diz que a mastectomia a que foi sujeita para tratar um cancro da mama a ajudou a ultrapassar a comparação constante com a princesa Diana. “Sempre fui comparada a Diana e acho que, de certa forma, acreditei neles. O que não é bom”, confessa no mais recente episódio do podcast, Tea Talks.

A “princesa do povo” já morreu há 26 anos, mas a duquesa de York ainda se comparava constantemente à cunhada e chegou a odiar-se por isso. “Quando olho para trás, estava tudo bem. Tinha umas pernas bonitas e estava bem, mas não gostava da minha aparência”, conta. Foi preciso passar por uma cirurgia para deixar de se preocupar com o assunto e aceitar-se tal como é, aos 63 anos — “no meu caso foi assim.”

As comparações entre Diana e as outras mulheres da família real eram rotineiras nos tablóides britânicos. A princesa de Gales era retratada um ícone de beleza e estilo, exemplo de solidariedade e quase uma mártir, por aguentar os escândalos de traição do marido, Carlos.

Contudo, nem essa comparação, fez com que Sarah Ferguson gostasse menos cunhada, a quem continua a tecer grandes elogios. Eram amigas e falou da princesa ainda na primeira pessoa, em entrevista ao PÚBLICO em 2022. “Acho que devo tudo à Diana. Era mais nova do que eu, mas casou com o Carlos e queria muito que eu estivesse com ela na família real. Ela simplesmente é diferente, é especial. Não há ninguém como ela. Juntas, éramos fortes.”

A duquesa de York não esconde ter sido difícil lidar com a perseguição da imprensa — “Foi um inferno para mim e para a Diana, porque não tínhamos o direito a responder.” Recorda que houve manchetes muito cruéis, especialmente por ter sido um alvo fácil para os tablóides. “Tinham um bom alvo. A Fergie vendeu muitos jornais. Mas não faz mal. A boa notícia é que ainda estou aqui; ainda estou viva”, diz, com humor.

Viva também porque acaba de sobreviver a um cancro da mama, que foi diagnosticada na sequência de uma mamografia de rotina. Quando revelou o diagnóstico, em Junho, sublinhou a importância destes exames de prevenção no combate precoce. A cicatriz deixada pela mastectomia, assegura, não a incomoda: “Gosto dela. É algo que me distingue, é quem sou.”

As mamas reconstruídas até têm um nome, Derek, conta com humor. A recuperação, tranquiliza, está a correr “muito bem” e já voltou a um estilo de vida mais activo, incluindo caminhadas pela Escócia para se manter em forma. De lembrar que a duquesa de York ainda continua a morar com o ex-marido, o príncipe André, no Royal Lodge, em Windsor.

Os dois estão divorciados desde 1996, mas Fergie sempre se manteve próxima da família real e até de Isabel II, a mulher que mais admirava. Um dos últimos desejos da rainha, confidencia no podcast, era que Sarah tivesse coragem para ser ela própria. “Ela ficava muito chateada quando não era eu mesma. E provavelmente foi aí que me meti em apuros. Mas agora sou eu mesma e tenho muita sorte de o ser”, termina.

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