Taxa média dos novos depósitos a prazo aumentou em Julho para 1,69%

Montante de novas aplicações caiu 107 milhões de euros, para 7611 milhões de euros.

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Portugal é o quinto país da zona euro a pagar menos pelos depósitos Ricardo Lopes
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A evolução das taxas de juro dos depósitos em Portugal continua muito lenta face à média europeia. A taxa média das novas aplicações aumentou apenas 0,11 pontos percentuais, passando de 1,58% em Junho para 1,69% em Julho.

Portugal continua a ser o quinto país da Europa que menos remunera as poupanças dos particulares, registando um diferencial ligeiramente acima de 100 pontos-base (ou um ponto percentual) face à média da zona euro (2,83%), onde se verifica que há sete países a pagar mais de 3%.

Face à taxa de juro média praticada nos créditos à habitação em Julho, que foi de 4,24%, a diferença entre empréstimos e depósitos é ainda maior.

Depois de uma descida para perto de zero nos últimos anos, a taxa de remuneração média está agora ao nível mais alto desde Julho de 2014, destaca o Banco de Portugal (BdP) nos dados divulgados esta sexta-feira.

De acordo com a informação divulgada pelo BdP, "a desagregação por prazo mostra que, em Julho, os novos depósitos com prazo até um ano, que representaram 89% dos novos depósitos a prazo, foram remunerados em média a 1,66% (1,58% em Junho)".

Ligeiramente acima ficou a remuneração média dos novos depósitos de um a dois anos, que foi de 1,91% (1,49% em Junho), e os novos depósitos com prazo acima de dois anos apresentaram a remuneração média mais elevada, de 1,98% (1,76% em Junho).

Bem mais elevados são os juros pagos nos novos depósitos a prazo de empresas, cuja média foi de 2,96% em Julho, um aumento de 0,23 pontos percentuais relativamente ao mês anterior.

O valor dos novos depósitos ficou muito perto do dos particulares, em 7754 milhões de euros, um aumento de 243 milhões face a Junho.

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