Depósitos aumentaram pelo segundo mês consecutivo

Recuperação acontece depois da alteração feita aos Certificados de Aforro. Variação anual permanece negativa.

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Famílias voltam a canalizar boa parte da poupança para depósitos bancários Antonio Bronic
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Os depósitos de particulares nos bancos residentes estão a subir há dois meses consecutivos, contrariando a queda dos primeiros cinco meses do ano. Esta evolução coincide precisamente com a alteração feita pelo Governo aos Certificados de Aforro (CA), com o lançamento de uma nova série, com menor rentabilidade.

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP), no final de Julho, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 176,2 mil milhões de euros, mais 1,3 mil milhões de euros do que em Junho.

Apesar da evolução positiva, os depósitos de particulares desceram 3,4% em relação a Julho do ano passado, quando atingiram 182,6 mil milhões de euros.

“À semelhança do mês anterior, foram os depósitos com prazo acordado que contribuíram mais para esta evolução, apresentando, em Julho, um aumento de 1,0 mil milhões de euros, enquanto os depósitos à ordem aumentaram apenas 0,3 mil milhões de euros”, segundo a informação do BdP.

O aumento dos depósitos acontece numa altura em que as taxas de juro deste tipo de produto tem vindo a melhorar, especialmente para novas aplicações. A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou 0,32 pontos percentuais em Junho, passando de 1,26% para 1,58%, o maior aumento desde 2011.

E acontece ainda depois de o executivo ter suspendido a comercialização da série E dos CA, com uma taxa-base actual de 3,5% (a que acrescem prémios de permanência). A suspensão desta série, que mantém as mesmas condições para quem a subscreveu até final de Maio, foi acompanhada do lançamento da série F, com uma taxa de remuneração actual de 2,5% (a que também acrescem prémios de permanência).

A subscrição de unidades de participação da nova série caiu a pique em Junho e em Julho. No mês passado, o saldo dos CA aumentou 390 milhões de euros, correspondendo à subida mensal mais baixa desde Agosto de 2022 e que fica muito longe do máximo de novas subscrições verificado em Março último, que rondou os 3,5 mil milhões de euros.

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