Benfica bate Sporting e conquista nona Supertaça de futsal
Entrada demolidora dos campeões nacionais, com três golos em menos de cinco minutos, foi insuficiente para desequilibrar a final de Sines, que os “encarnados” decidiram ao cair do pano.
O Benfica venceu esta sexta-feira, no Multiusos de Sines, por 5-4 (no prolongamento), o rival Sporting em jogo que marcou a abertura oficial da temporada de futsal, conquistando a 25.ª edição da Supertaça, a nona das "águias", que, depois de um início demolidor dos campeões nacionais, se impuseram com um golo de Jacaré mesmo ao cair do pano, já com os penáltis à vista.
Em dia do 22.º aniversário, o pivot internacional luso Zicky Té começou cedo a distribuir prendas com uma assistência para o regressado Taynan marcar no segundo minuto de jogo. O Sporting não podia pedir um início mais empolgante, mas depois de uma boa defesa, Léo Gugiel cometeu pecado capital ao tentar sair a jogar, intenção travada por Zicky Té, que lhe roubou a bola e colocou o Sporting a vencer por 2-0... aos três minutos.
Para o Benfica, o jogo estava apenas prestes a transformar-se num pesadelo, que o sucessor de Guitta na baliza do Sporting, Henrique Rafagnin, consumou com um golo de costa a costa, aproveitando o adiantamento de Gugiel. Em menos de 5 minutos, Mário Silva via-se obrigado a interromper a festa leonina para pedir um ponto de ordem à mesa.
A pausa resultou, ajudando a travar os ímpetos do "leão" e a equilibrar o duelo. O golo de Jacaré, aos 12 minutos, confirmou o melhor período do Benfica, que a menos de quatro minutos do intervalo reduziu a desvantagem para um 3-2, com Diego Nunes a bater por baixo das pernas de Rafagnin, num golo que abria novas perspectivas para a segunda metade.
Antes, porém, a primeira decisão com apoio do "sport vídeo", num challenge do Benfica para avaliar um lance para potencial penálti que os árbitros não confirmaram.
Separados por um golo, as equipas foram mais cautelosas no reatamento. O Benfica ameaçou com um remate de Carlos Monteiro à barra (27') e o Sporting respondeu por Pauleta e Taynan em dois momentos de desconcentração das "águias", anunciando o golo de Diogo Santos (30'), assistido por Rafagnin.
O Benfica precisava de um "golpe de asa" para reentrar na discussão, assumindo um risco — com Léo Gugiel sempre muito adiantado (5x4) — que expôs a equipa ao contra-ataque do Sporting, mas acabou por ser compensado com o golo de Jacaré (36’), a relançar o jogo que Carlos Monteiro (39’) igualaria (4-4) já com o Benfica sem guarda-redes em campo, forçando o prolongamento.
O Benfica estava, finalmente, em condições de assumir a liderança para erguer um troféu que lhe escapava desde 2016, mas Carlos Monteiro e Diego Nunes (remate à barra) pouparam o "leão" a maior sofrimento. Com as equipas a atingirem o limite de cinco faltas e o Benfica a esgotar os "challenge", o jogo caminhava para os penáltis.
A 1m20s do fim, Nuno Dias passou a actuar em 5x4 com Merlim a guarda-redes avançado, para resolver a final no prolongamento, o que Pauleta tinha estado perto de conseguir com um tiro à barra (47'). Mas o risco traiu os "leões", que sofreram o 4-5 num golo de Jacaré (50'), decidindo a final de forma dramática.