O Crime É Meu, de François Ozon. Mais veneno, precisava-se
Um pouco cansativo e quase sempre menos engraçado do que julga, ou pretende, ser.
Digamos, e, vá lá, é em abono dele, que François Ozon, raramente deixando de filmar “à maneira de”, desconcerta pelo seu eclectismo: passar de um filme “à maneira de Fassbinder” (Peter von Kant) para este O Crime É Meu, um filme “à maneira do cinema popular francês dos anos 30”, não é o raccord mais previsível. O Crime É Meu é uma farsa, tem mesmo raiz teatral “de época” (adapta uma peça de 1934), e tenta do princípio ao fim encontrar a leveza, muito “corrida” e muito verborreica, da comédia daquele tempo e daquele sítio.
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