Monte Santo Resort, um Algarve de luxo das crianças ao romance
Fica no Carvoeiro, a pouco mais de um quilómetro da praia, e pode escolher entre a vida activa a que as crianças obrigam e o descanso num local quase isolado.
À entrada do restaurante, no Monte Santo Resort, no Carvoeiro, Algarve, há um aviso emoldurado em cima do balcão. Em português e em inglês, informa-se os hóspedes que "os itens servidos ao pequeno-almoço são para consumo exclusivo dentro das instalações do restaurante Aroma". Não admira, o público deste empreendimento hoteleiro varia entre o britânico e o irlandês de classe média ao sueco e dinamarquês de uma classe média que, lamentamos, não é a portuguesa, nem a do Reino Unido.
Assim, vemos os miúdos falantes de inglês, envergando t-shirts oficiais de clubes de futebol a encher a mesa de pratos com ovos, bacon e panquecas com chocolate; e os nórdicos, de t-shirts de cores neutras, a comer iogurtes com cereais e fruta. E há quem não tenha prestado atenção à pequena moldura com o aviso e embrulhe um croissant e um iogurte, talvez para consumir a meio da manhã, enquanto se está na piscina.
Os hóspedes são deixados à vontade e há uma adolescente que vai enchendo a mesa de todas as iguarias possíveis, para três pessoas, até que, depois da mesa posta e completa com pãezinhos, doces, bolos e sumos de laranja, telefona para o pai que, minutos depois, chega com o irmão mais velho. Feliz, a miúda acena e apresenta o pequeno-almoço, onde não faltam ovos mexidos, ao pai e ao irmão.
No restaurante Aroma, além do pequeno-almoço, é servido o almoço — uma carta com pratos rápidos como as saladas, as pizzas, os wraps e os hambúrgueres, mas onde há também pratos como salmão ou robalo com legumes no forno, muito bem confeccionados —, e o jantar, que nuns dias é à carta e noutros é buffet.
À Fugas calhou a noite de buffet, com uma grande variedade e diversidade de pratos quentes e frios, sempre a sair. Estes espelham não só a cozinha mediterrânica, com sabores do Norte de África incluídos, por exemplo, nas saladas frias, aos mais tradicionais e internacionais como as massas, sem esquecer os mais novos, que pegam nos seus pratos e enchem-nos de nuggets de frango e batatas fritas.
Ao longo do dia, ouve-se o barulho que chega do bar, onde se fazem cocktails, e da piscina, onde há insufláveis trazidos pelos hóspedes — de crocodilos a gelados gigantes, entre outros —, além das bolas que os miúdos atiram uns aos outros, dentro de água, para não falar das "bombas" que os mesmos fazem, optando por mergulhar de maneira estridente. Há ainda actividades, como as sessões de hidroginástica — a música começa, cheia de ritmo, acompanhada pelos gritinhos da professora que, fora de água, vai assim reunindo os alunos, sobretudo crianças, que imitam os seus movimentos, a partir do interior da piscina.
Os sons chegam-nos porque ficámos no edifício principal do Monte Santo, numa suíte de um quarto e um enorme terraço, com cozinha equipada e uma sala, mas imaginamos que nos outros espaços do resort, que se prolonga pelo campo, não se ouça nada senão o barulho dos mergulhos nas piscinas mais pequenas que são emolduradas por três ou quatro moradias, de onde muitos dos hóspedes saem apenas para ir até ao restaurante Aroma.
É o amor
Ao todo, o Monte Santo tem cerca de oito hectares para 133 unidades, entre moradias e suítes, que em comum têm cozinhas totalmente equipadas e uma varanda ou terraço com vista para os lagos e jardins. No caso da Fugas, a vista é para a piscina principal e para a pequena ponte que a divide e que foi baptizada de Ponte do Amor, onde há cadeados presos qual construção francesa, onde se fazem promessas de amor eterno.
Além das seis piscinas exteriores e uma para crianças, o resort tem uma interior, junto ao Alma Spa, um espaço de relaxamento e com um ginásio equipado e um circuito de manutenção, além de dois jacuzzis, sem esquecer o banho turco e sauna. E, apesar de todas as crianças que correm à beira da piscina e que se atiram para a água, o Monte Santo é considerado, pelos World Travel Awards, pelo oitavo ano consecutivo, o "Resort mais Romântico da Europa" e pela quarta vez "Portugal's Leading Hotel Residence".
Acreditamos que o prémio terá que ver com o cenário, verde e quase bucólico graças aos edifícios cor-de-terra, ao isolamento que será possível encontrar nas moradias, e às condições que estas proporcionarão aos casais, mas também à possibilidade de, nos dias em que o jantar é à la carte, ser possível fazer uma refeição diferente ou até da possibilidade de chamar um chef para preparar uma refeição na suíte.
Uma das razões pelas quais o Monte Santo Resort se destaca como o mais romântico da Europa é a sua atmosfera e energia envolvente. Desde que se entra na unidade, é possível "sentir a aura de amor que permeia cada canto". O cenário natural "deslumbrante, com vistas panorâmicas encantadoras" cria um ambiente "propício para momentos românticos e memoráveis", diz Patrícia Correia, directora da unidade.
"Os casais que procuram locais idílicos para namorar encontram no Monte Santo Resort lugares verdadeiramente especiais", resume a responsável, dando como exemplo a pérgula no meio do lago, que "oferece um cenário perfeito para encontros à luz das estrelas e promessas de amor eterno".
Praia isolada
Outro espaço onde o amor poderá acontecer será no spa, com uma massagem a dois. Mas, no caso da Fugas, a escolha recai sobre uma das massagens mais pedidas, a terapêutica. Deitamo-nos na marquesa e a música embala-nos mas não nos deixa adormecer porque a massagista finca os cotovelos nas nossas costas e percorre-as. Sentimos como se as nossas costelas fossem um xilofone que é tocado com toda a intensidade, escala acima, escala abaixo.
A terapeuta centra-se nos trapézios e nos ombros, ora massajando com as mãos, ora com os cotovelos. São muitos os nós que se propôs a deslaçar, confessa no final, reconhecendo que não atingiu o seu propósito, mas estava quase. Tanto vigor deixou-nos derreados e, chegados ao quarto, aproveitamos o terraço, que está à sombra, e a cama de exterior para nos estirarmos e recuperarmos da massagem.
O barulho do dia deu lugar ao silêncio do final da tarde. Os pássaros visitam o terraço, pousando na mesa ou nas cadeiras, chilreando. A piscina vazia, a ponte por onde começam a atravessar algumas famílias em direcção ao restaurante, o verde circundante e o azul do céu fazem magia. Recuperados, estamos prontos para ir à descoberta do Carvoeiro, num passeio a pé: são pouco mais de 20 minutos, e estamos na praia.
A Fugas ficou alojada a convite do Monte Santo Resort
