Serão assim os acessos ao metro nas Amoreiras, Campo de Ourique e Infante Santo
Metropolitano de Lisboa divulgou as imagens com o aspecto à superfície de três das novas estações do prolongamento da Linha Vermelha. Obra deverá começar este ano e terminar em 2026.
As obras ainda nem sequer começaram e a inauguração deverá acontecer, de acordo com as últimas previsões, até ao final de 2026. Mas já é possível saber qual será o aspecto exterior de três das futuras quatro estações resultantes do prolongamento da Linha Vermelha do metro de Lisboa, entre São Sebastião e Alcântara. O Metropolitano de Lisboa começou, esta semana, a divulgar as imagens virtuais com as projecções do aspecto exterior das novas estações de Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique e Infante Santo. Falta conhecer as projecções finais relativas à estação terminal desta extensão da linha, em Alcântara, a única à superfície, tendo apenas sido divulgadas, até agora, imagens da implantação do viaduto que conduzirá à futura gare.
Do conjunto de imagens agora divulgado pela empresa pública de transportes, destacam-se as relativas à solução adoptada para a estação de Campo de Ourique, no Jardim da Parada, que tanta polémica tem provocado devido ao suposto impacto negativo que a obras ali causarão. De acordo com as projecções agora disponibilizadas pelo Metro, dois elevadores serão as únicas estruturas emergentes naquele parque, cujo topónimo oficial é Jardim Teófilo Braga, e ficarão localizados onde hoje se encontram as instalações sanitárias. Para além deles, o acesso à estação, que ficará a 31 metros de profundidade, far-se-á através da Rua Almeida e Sousa, próximo do cruzamento da Rua Ferreira Borges, e da Rua Francisco Metrass.
No momento em que se anunciou que a futura estação de Campo de Ourique ficaria sob o Jardim da Parada, aquando do início do estudo de impacto ambiental do projecto de expansão da Linha Vermelha que entrou em consulta pública em Abril de 2022, a contestação popular surgiu de imediato. Temendo os efeitos de uma tão grande intervenção no icónico espaço verde, em particular do corte de árvores que a mesma implicaria num lugar de encontro da comunidade, um grupo de moradores organizou-se para tentar travar o avanço do projecto. Mas o Metro tem dito que não haverá supressão de árvores. Dos seis lódãos que se estima ser necessário retirar do local, a empresa garante que quatro outros serão postos exactamente no mesmo sítio e outros dois noutro lugar dentro do jardim.
A uma profundidade bem menor, 18,5 metros, ficará a estação Amoreiras/Campolide. Situada ao longo da Rua Conselheiro Fernando Sousa, próximo do cruzamento desta com a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, terá cinco pontos de acesso. Os numerados como 1 e 2 serão na Rua Conselheiro Fernando de Sousa, o 3 será na Avenida Eng.º Duarte Pacheco e o 4 ficará junto ao Centro Comercial das Amoreiras. Do outro lado, o acesso 5 servirá a Rua das Amoreiras. A ligação entre os acessos 4 e 5 ao corpo da estação será feita através de um túnel de ligação em cota inferior à passagem de nível existente.
A terceira das novas estações da Linha Vermelha, Infante Santo, ficará localizada num ponto subterrâneo entre aquela avenida e a Calçada das Necessidades, a uma profundidade de 29,5 metros. Terá apenas dois pontos de acesso, ambos a meio da avenida, no lado direito para quem a desce. O primeiro, na cota inferior, localizar-se-á no passeio público e tirará partido do desnível natural do arruamento. O segundo, servindo a zona alta da Avenida Infante Santo, terá não apenas uma escada pedonal, implantada no passeio, mas será também equipado com duas escadas mecânicas.
Com uma extensão total de cerca de quatro quilómetros, o prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara será realizado a partir do túnel já construído, localizado após a Estação São Sebastião, através de um troço a escavar junto ao Palácio da Justiça. Para a realização desta obra, foram recebidas pelo Metropolitano de Lisboa cinco propostas, de igual número de consórcios, com valores de concretização a oscilarem entre os 306 e os 345 milhões de euros, anunciou a empresa pública no passado dia 26 de Julho. O preço-base do concurso era de 330 milhões de euros. O financiamento global no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é de 405,4 milhões de euros.
As propostas para a construção deste prolongamento, cujas obras deverão começar no final deste ano, foram feitas pelos seguintes agrupamentos de empresas: FCC Construcción, Contratas Y Ventas, SAU e Alberto Couto Alves; Teixeira Duarte, Casais, Alves Ribeiro, Tecnovia, EPOS e Somafel; da Mota-Engil e SPIE Batignolles Internacional – Sucursal em Portugal; Acciona Construcción e Domingos da Silva Teixeira; e ainda Zagope/COMSA Instalaciones Y Sistemas Industriales/COMSA/Fergrupo.