Raul Riba d’Ave será o líder da TFP Wines

Gestor de distribuição com a Direct Wines, criador de vinhos, educador e ex quadro da The Fladgate Partnership, Raúl Riba D’Ave é o novo responsável para nova área de vinhos tranquilos do grupo.

Foto
Paulo Pimenta
Ouça este artigo
00:00
02:01

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Em simultâneo com a compra da Ideal Drinks, a TFP adquire a distribuidora de vinhos Direct Wines, com Raul Riba D'Ave, ex-acionista maioritário, a assumir a gestão da nova unidade de negócios do grupo liderado por Adrian Bridge: a TFP Wines.

O grupo Fladgate já tinha as empresas de distribuição Heritage Wines e Grossão. A primeira mantém-se e a segunda, com a fusão da Direct Wines, passará a chamar-se Driect Wine Nacional, naturalmente com um aumento de marcas representadas.

Colaborador na Fladgate entre 2003 e 2008, Raul Riba d'Ave considera que a “fusão da Direct Wines na TFP é algo quase natural, visto que existe uma cultura organizacional comum às duas empresas. Como participei na criação da Heritage Wines, tudo o que absorvi apliquei na Direct Wines”.

Criador de marcas como Sílica (Douro e Bairrada) ou Vinhas Improváveis (Douro), distribuidor de marcas internacionais de referência e especialista na área da educação (cursos WSET), provocamos Raul com o facto de ter que, a partir de agora, vender no exterior Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvigon e Merlot portugueses.

Eis a resposta: “Quando olho para o negócio da ex-Ideal Drinks, vejo alguns vinhos com castas internacionais (e admito que isso possa parecer estranho), mas isso pode ser uma vantagem. Por exemplo, perante um Sauvignon Blanc do Dão eu terei de ter a capacidade, no mercado interno, de desafiar todos os nossos clientes – há uma legião que gosta da casta - para experimentarem este Sauvignon Blanc português. Não temos Sauvignon Blanc da Nova Zelândia, ok, mas temos um do Dão que merece ser conhecido. E cada um avaliará o vinho. No caso dos vinhos da Bairrada, que são feitos com Cabernet Sauvignon, Merlot e um pouco de Touriga Nacional, porque o Carlos Dias tinha como modelo os vinhos de Bordeus (e a Bairrada oferecia isso), aqui vejo um outro tipo de desafio: oferecer ao mercado vinhos equivalentes aos de Bordéus em termos de qualidade, mas por um preço mais interessante. É difícil, admito que sim sem qualquer problema, mas estamos aqui para trabalhar”.

Sugerir correcção
Comentar