FC Porto tremeu, mas não caiu em Moreira de Cónegos

Os “dragões” estiveram em desvantagem na estreia na I Liga 2023/24, mas com dois golos na última meia hora derrotaram o Moreirense.

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Toni Martinez fez o primeiro golo do FC Porto EPA/ESTELA SILVA
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O FC Porto passou por dificuldades em Moreira de Cónegos, mas, no final, não fraquejou na estreia no campeonato. Os “dragões” sentiram problemas para criar perigo para o Moreirense na primeira hora e estiveram em desvantagem – golo de Frimpong, aos 51’ -, mas encontraram soluções para entrarem na I Liga 2023/24 a vencer. O espanhol Toni Martínez, que voltou a ser decisivo após sair do banco, fez aos 67’ o primeiro golo oficial do FC Porto na temporada e, sete minutos depois, o lateral Wendell garantiu os três pontos aos portistas, com um remate colocado que fixou o resultado final, em 2-1.

A derrota e, principalmente, a segunda parte a meio da semana na Supertaça frente ao Benfica tinham deixado muitas pontas soltas para Sérgio Conceição corrigir. Frente aos “encarnados”, um dos maiores pecados do FC Porto tinha estado na falta de soluções ofensivas a meio-campo e, em Moreira de Cónegos, a dupla Grujic/Eustáquio voltou a mostrar as mesmas debilidades, confirmando a urgência dos “azuis em brancos” em reforçar o sector.

Sem Pepe que cumpriu castigo, Conceição – viu o jogo ao lado do defesa num camarote – fez mais duas mudanças na defesa: entraram Wendell e João Mário. A entrada do lateral português permitiu que Pepê avançasse no relvado para terrenos que gosta mais de pisar.

Do outro lado, no regresso à I Liga o Moreirense tinha os seus três reforços no “onze” - Maracás, Marcelo e Dinis Pinto -, e, na primeira parte, a equipa de Rui Borges mostrou ter a lição bem estudada.

Com a dupla Grujic/Eustáquio a mostrar dificuldades para fugir à pressão que os minhotos colocaram, o Moreirense pareceu sempre mais próximo de criar problemas a Diogo Costa do que o FC Porto a Kevin Silva.

Mesmo tendo domínio claro na posse de bola (72% ao fim dos primeiros 45 minutos), os portistas fizeram o primeiro remate (sem perigo) à baliza adversária aos 25’ e, a um par de minutos do intervalo, foi da equipa da casa a primeira grande oportunidade: André Luís – o melhor do Moreirense em campo - isolou, Kobamelo Kodisang, mas o remate do sul-africano à meia volta passou a milímetros da barra do de Diogo Costa.

A resposta do FC Porto surgiu depois, com Taremi a obrigar Kewin a defesa apertada – foi assinalado fora de jogo ao iraniano, numa decisão que deixou duvidas.

As dificuldades dos “dragões” forçaram Conceição a mexer. Ao intervalo, o técnico trocou João Mário por Toni Martínez, recuando Pepê para o lado direito da defesa. O problema principal, no entanto, mantinha-se: as dificuldades de Grujic e Eustáquio.

Com isso, o Moreirense continuava a conseguir respirar na defesa, a encontrar espaços para atacar e, numa das investidas dos minhotos, chegou o primeiro golo: aos 51’, Franco colocou na área, Pepê deixou-se antecipar e Frimpong, com o joelho, marcou.

Encostado às cordas, Conceição teve que voltar a mexer. E encontrou a solução. Aos 56’, Romário Baró entrou para o lugar de Grujic – Estáquio recuou para a posição “6”’. Com o internacional sub-21 em campo, o FC Porto ganhou outra lucidez e no ataque, começou a apertar a teia e, dez minutos depois, Toni Martínez marcou. Baró encontrou Fábio Cardoso à entrada da área, o defesa com muita qualidade assistiu o espanhol que, com o seu habitual “instinto matador”, marcou o primeiro golo dos portistas após 157 minutos em jogos oficiais.

A partir daí os “dragões” libertaram-se das amarras e, mesmo perdendo Baró - Nico González estreou-se e manteve a objectividade -, chegaram à vitória: mostrando ser muito melhor a atacar do que a defender, Wendell rematou em arco, retirando qualquer hipótese a Kewin de evitar que o FC Porto não caísse em Moreira de Cónegos.

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