Meses após o início da crise, os incêndios florestais não deixam a terra arrefecer no Canadá. No final de Julho de 2023, os incêndios tinham deflagrado ao longo da fronteira entre os EUA e o território canadiano da Colúmbia Britânica, obrigando a centenas de evacuações. A imagem, captada por um dos satélites do programa europeu de monitorização do clima Copérnico (Copernicus Sentinel-2) em 29 de Julho, revela focos de incêndios florestais a atingir o território árctico, a nordeste de Inuvik.
"Os satélites Copernicus desempenham um papel fundamental na monitorização das áreas ardidas resultantes de incêndios florestais em todo o mundo, fornecendo dados cruciais para avaliar o impacto ambiental, compreender a dinâmica de propagação dos incêndios e ajudar a dar uma resposta eficaz e a desenvolver esforços de recuperação", refere o comunicado do Copérnico.
Junho foi um mês trágico que marcou a pior época de incêndios no Canadá. Além do recorde de área ardida (arderam mais de 76 mil quilómetros quadrados), os incêndios florestais no Canadá libertaram na atmosfera cerca de 160 milhões de toneladas de carbono, o registo mais elevado desde que começou a monitorização por satélite, em 2003. Estes dados foram revelados pelo programa Copérnico. As regiões mais afectadas pelo fogo incluem a Colúmbia Britânica, Alberta, Saskatchewan, Ontário e Quebeque.