Hyundai Kauai, maior, mais dinâmico... e mais caro

Seis anos depois do seu lançamento, há nova geração com novidades que transformam o Kauai quase noutro automóvel e que posicionam o modelo noutro patamar, com consequências no preço.

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Hyundai Kauai 2023 HEV DR
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“Maior, mais arrojado e mais dinâmico” é o slogan que a Hyundai escolheu para o novo Kauai, SUV do segmento B que se afasta da ideia de pequeno crossover para se apresentar mais como um utilitário com vocação para acolher famílias — algo que facilmente se atesta quando nos sentamos no banco traseiro e percebemos que, ao contrário da maioria dos seus concorrentes de segmento, por aqui não falta espaço sem que o condutor ou o passageiro da frente tenha de sacrificar as suas posições. Como consequência, o Kauai também cresceu no preço, sendo agora proposto desde 29 mil euros (a última geração, antes de ser descontinuada, custava 24.480€).

O valor inflacionado, explica a marca, deve-se a este ser um novo carro de ponta a ponta, a começar pelas suas dimensões. De 4205mm, em 2021, passou a apresentar-se agora com 4,35 metros (4385mm, nas versões de cariz desportivo N Line), com ganhos na distância entre eixos, mas também na capacidade de arrumação, com quase mais 100 litros disponíveis na bagageira, sendo agora capaz de atrair clientes que procuram um familiar compacto.

Mas as diferenças em relação ao modelo que substitui são visíveis a olho nu. A começar pelo design com o qual a marca pretende exprimir “pureza dinâmica” e “robustez”, sem esquecer a tecnologia. À frente, sobressai o desenho paramétrico e a grelha do radiador inferior com Air Flaps, enquanto na traseira ganha destaque a assinatura luminosa horizontal contínua. Já o perfil, construído com linhas bem vincadas, é enaltecido pelo coeficiente aerodinâmico de 0,27.

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A versão N Line distingue-se pelas cavas das rodas na cor da carroçaria, uma grelha desportiva distinta e entradas de ar, um pára-choques em forma de asa e uma postura mais baixa. Entre os elementos exclusivos estão ainda ponteiras duplas de escape ou, entre os opcionais, jantes de liga leve de 18''.

Por dentro, além de estar mais espaçoso, também se encontram diferenças, sobretudo pelo ambiente que é descrito como high tech e com uma arquitectura centrada no condutor. Porém, o que mais pode convencer potenciais clientes é a funcionalidade, com bancos traseiros rebatíveis na proporção de 40/20/40 (mais comum em segmentos superiores) e vários espaços de arrumação, tanto à frente como atrás. Na dianteira, o selector de velocidades eléctrico shift-by-wire, montado na coluna de direcção, permitiu criar um espaço mais desafogado.

Na segurança, o Kauai integra o pacote Hyundai Smart Sense, que inclui uma câmara no habitáculo para analisar a atenção do condutor (e, se achar que está distraído, lançar o alerta e até intervir), além de uma série de sistemas de assistência, nomeadamente cruise control inteligente, que recorre às informações da navegação para actuar; radar de ângulo morto e prevenção de colisão (nas versões N Line e na variante híbrida, com assistente de prevenção de colisão com tráfego na retaguarda do veículo); sensores de estacionamento traseiros e dianteiros.

O novo Kauai, anuncia a marca, será ainda o primeiro modelo da Hyundai a aplicar o Connected Car Navigation Cockpit, que incorpora um ecrã panorâmico duplo, com o painel de instrumentação digital e o ecrã táctil, ambos de 12,3’’, a criarem a sensação de estarem unidos.

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Hyundai Kauai 2023 DR

A Portugal, para já, chegam duas propostas mecânicas: o 1.0 T-GDi a gasolina, que pode ser acoplado a uma caixa manual de seis velocidades ou a uma automática DCT de sete relações, a debitar 120cv e um binário máximo de 200 Nm que, com uma aceleração de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos e velocidade máxima de 180 km/h, reclama um consumo médio inferior a seis litros; e o HEV, um full hybrid, com uma transmissão de dupla embraiagem de sete velocidades, que reúne o motor a gasolina de injecção directa GDi de 1,6 litros a um motor eléctrico para uma potência combinada de 141cv e 265 Nm de binário. No caso da variante electrificada, o consumo médio homologado é de 4,5 l/100km.

O 1.0 T-GDi é proposto nas versões Premium (desde 29.000€) e N Line (31.500€), com a caixa DCT a exigir o desembolsar de mais dois mil euros. No caso do HEV, a versão de equipamento Vanguard é proposta a partir de 36.500€, enquanto a N Line começa nos 39.500€.

Na manga, e ainda para este ano, a marca prevê lançar uma revista variante eléctrica do modelo, que também assentará na plataforma modular K3.

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