Trabalhadores da Parques de Sintra entram em greve em Agosto
Paralisação está marcada para 3 a 6 de Agosto. Reivindicações têm vindo a acumular-se nos últimos dois meses, sobretudo pela actualização das tabelas salariais.
Trabalhadores da Parques de Sintra - Monte da Lua vão fazer uma greve de quatro dias, entre quinta-feira e domingo, de 3 a 6 de Agosto, por melhores condições laborais, nomeadamente pela actualização das tabelas salariais, anunciou esta quinta-feira o sindicato de trabalhadores da administração.
A comunicação do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL) surge após a maioria dos monumentos de Sintra terem encerrado devido a uma greve dos funcionários a 8 de Junho, que registou uma adesão de 90%, e uma semana depois de 180 trabalhadores terem protestado junto ao Ministério do Ambiente, em Lisboa.
"O STAL considera que qualquer resposta às reivindicações dos trabalhadores e do seu sindicato deve ser feita pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças/secretário de Estado do Tesouro, que segundo os estatutos da empresa tem os poderes de tutela e representação accionista do Estado", destaca-se no comunicado divulgado esta quinta-feira.
A greve decorrerá entre a meia-noite de 3 de Agosto e de 6 de Agosto. Segundo o sindicato, a Parques de Sintra - Monte da Lua não está sujeita a serviços mínimos, propondo-se que apenas a segurança e manutenção do equipamento e instalações sejam asseguradas nos mesmos moldes em que o são nos períodos de encerramento ou interrupção do funcionamento.
No comunicado são enumeradas pelo sindicato as reivindicações dos trabalhadores, entre as quais a negociação de um Acordo de Empresa com o STAL, a rejeição do regime da adaptabilidade e do sistema de progressão, a remuneração do trabalho suplementar com acréscimo de 100%, a actualização do subsídio de refeição e uma actualização salarial "imediata que reponha o poder de compra perdido nos últimos anos".
A Parques de Sintra - Monte da Lua é a empresa que gere os principais monumentos deste concelho do distrito de Lisboa. Conta com cerca de 300 trabalhadores e tem como accionistas, além da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.