JMJ: Motoristas e cantoneiros da Câmara de Lisboa desconvocam greve
Foi possível chegar a acordo com o executivo de Carlos Moedas relativamente ao pagamento dos “títulos habilitantes para a função”, que estavam a ser suportados desde 2020 pelos trabalhadores.
Os trabalhadores dos resíduos sólidos e urbanos de Lisboa desconvocaram nesta segunda-feira a greve que tinham marcado para os dias da Jornada Mundial da Juventude, depois de terem chegado a acordo com a Câmara Municipal, anunciou o sindicato.
A paralisação tinha sido convocada no início do mês pelo Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) para decorrer entre os dias 01 e 06 de Agosto, abrangendo sobretudo motoristas e cantoneiros, trabalhadores afectos à remoção de resíduos do município de Lisboa.
Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente do SNOMT, Manuel Oliveira, explicou que a greve foi desconvocada porque foi possível chegar a acordo com o executivo de Carlos Moedas (PSD) relativamente ao pagamento dos "títulos habilitantes para a função", que estavam a ser suportados desde 2020 pelos trabalhadores.
"Desde o anterior executivo (presidido pelo socialista Fernando Medina) que a Câmara de Lisboa não estava a aplicar isto, que é de lei. Essa questão está ultrapassada e existe o compromisso de pagar isso aos trabalhadores a partir de 2024", referiu.
O sindicalista explicou que o pagamento será feito em 2024 com retroactivos, respeitantes ao período compreendido entre 01 de Janeiro de 2020 e 31 de Dezembro de 2023 e abrangendo cerca de 400 motoristas.
Manuel Oliveira adiantou ainda que foi discutido também a necessidade de "afinar" horários de trabalho.
"O que eu posso dizer é que as conversações foram feitas de forma elevada e que chegámos a um consenso", apontou.
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de Agosto, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.