Vinokilo chega a Lisboa, apostada em mais fashion e menos fast

O evento, que decorrerá em Lisboa de sexta-feira a domingo, dará uma oportunidade aos visitantes de explorar uma seleção de peças vintage .

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São esperados três mil visitantes na primeira edição em Portugal DR
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A Vinokilo foi criada em 2016, na Alemanha e já passou por mais de 200 cidades europeias DR
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Nasceu na Alemanha, em 2016, já percorreu 202 cidades na Europa e chega agora a Lisboa. Chama-se Vinokilo e é uma marca de roupa em segunda mão sustentável que vai disponibilizar, desta sexta-feira a domingo, milhares de peças de roupa vintage para serem vendidas. Queremos ser uma alternativa à moda convencional, inspirar os consumidores a repensarem a sua relação com a roupa”, resume Joana Matos, responsável da marca, ao PÚBLICO, acrescentando que o objectivo é incentivar a uma mudança "positiva" no sector da moda em direcção a um modelo mais "ético, ambientalmente responsável e consciente".

A Vinokilo conta com 35 armazéns na Europa e anuncia que, ao todo, já reciclou 662,6kg de roupa. A marca também já chegou ao Canadá, EUA e Japão. Em Lisboa, no espaço Mīrārī, em Alcântara, vai disponibilizar milhares de peças de roupa vintage e de "alta qualidade", anuncia, com o propósito de combater o consumo associado à fast fashion. Embora o evento seja para toda a família, o público mais esperado será o dos jovens adultos, que são os que parecem mais interessados numa moda responsável e consciente, refere a representante da marca em Portugal.

Joana Matos constata que por cá, o hábito de comprar roupa em segunda mão chegou um "pouco mais tarde" que noutros países da Europa. "No entanto, plataformas como a Vinted e a Micolet vieram acelerar esta tendência de consumo de roupa em segunda mão e, de certa forma, mudar a percepção que os portugueses possam ter relativamente a vestirem roupas usadas”, defende.

De onde vem a roupa vendida pela Vinokilo? A cadeia de fornecimento começa com roupas já em segunda mão que são deitadas fora, a maioria são das décadas de 1960 a 1990, incluindo acessórios como botas de cowboy, malas e lenços de seda. Deste modo, o principal fornecedor, que se localiza na Holanda, faz uma "criteriosa selecção" de stock, que envia para o armazém da marca, na Alemanha — a roupa é recolhida e analisada por especialistas que averiguam a sua qualidade. “São colaboradores que treinamos e recrutamos, para verificar as roupas e garantir que estão em boas condições, sem danos significativos, e para verificar a autenticidade das marcas, quando aplicável”, explica.

A análise do estado das peças de roupas é feita pela equipa do principal fornecedor e, apesar de não haver uma informação sobre a quantidade de roupa que é desperdiçada antes de ser analisada, Joana Matos afirma que 97% do stock que a Vinokilo adquire é vendido e que apenas 3% está danificado, ou não se encontra em condições para ser vendido.

Nesta primeira edição da Vinokilo, em Lisboa, estão previstos três mil visitantes e a expectativa é vender uma tonelada de roupa. O espaço tem uma lotação de 250 a 300 pessoas, o que significa que quem adquiriu os bilhetes gratuitos (limitados) ou pagos (3€) tem prioridade na entrada no evento. Este conta com momentos de música, animação, comes e bebes, mas também com bancas de tatuagens, discos, arte e joalharias.


Texto editado por Bárbara Wong

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