Está a chegar a Threads — a aplicação da Meta para fazer frente ao Twitter

Aplicação de mensagens curtas da Meta deverá ser lançada a 6 de Julho. Por enquanto, sabe-se que permitirá aos utilizadores seguir contas que já seguem no Instagram.

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Aplicação deverá ser lançada na quinta-feira DR
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Não é algo inesperado: a Meta está a planear lançar esta semana uma aplicação de mensagens curtas. Chama-se Threads e espera-se que esteja disponível já nesta quinta-feira, 6 de Julho. Por agora, está com a indicação de “pré-compra” na App Store, a loja de aplicações da Apple, com a referência de que será gratuita. Esta é a confirmação dos rumores que circulavam há uns meses de que a empresa-mãe do Facebook e do Instagram estaria a planear lançar uma plataforma para competir com o Twitter.

A notícia do lançamento da Threads surge num momento em que o dono do Twitter, Elon Musk, anunciou que a plataforma estava a limitar temporariamente o número de publicações que os utilizadores podem ver por dia. No último sábado, soube-se também que quem pagasse para utilizar a plataforma poderia consumir mais conteúdo. Quem não estivesse registado, estaria impedido de entrar no site.

No início desta semana, chegou então a já tão esperada rival do Twitter. Espera-se que a Threads seja lançada ainda nesta quinta-feira, de acordo com a agência Reuters.

E que plataforma será esta? Por enquanto, de acordo com a informação disponível, supõe-se que permitirá aos utilizadores seguir as contas que seguem no Instagram mantendo o mesmo nome de utilizador.

Nesta terça-feira já está disponível com a indicação de “pré-compra” na App Store e há um site disponível com o seu nome. As imagens na loja de aplicações da Apple dão a entender que a Threads será uma aplicação semelhante ao Twitter, ao nível das características das publicações, da resposta às mesmas e dos seguidores.

Quanto a mais descrições desta plataforma, sabe-se apenas o que está disponível na loja da Apple: “A Threads é onde as comunidades se juntam para discutir tudo, desde os tópicos que sejam hoje do seu interesse até ao que será uma tendência amanhã.” “Seja qual for o seu interesse, pode seguir ou ligar-se directamente aos seus autores favoritos e a outras pessoas que gostem das mesmas coisas – ou criar os seus próprios seguidores fiéis para partilhar ideias, opiniões e criatividade no mundo.”

Até ao final da manhã desta terça-feira, ainda não existiam indicações do mesmo lançamento na Google Play Store, a loja de aplicações da Google.

A confirmação dos rumores

A Threads junta-se assim a outras plataformas que competem com o Twitter, como a BlueSky e a Mastodon. Contudo, o jornal britânico The Guardian adianta que Threads seria o nome original de uma aplicação lançada para competir com o Snapchat, que foi depois abandonada. Acaba agora por avançar como uma aplicação de mensagens curtas.

Os rumores de que a empresa de Mark Zuckerberg estaria para lançar uma plataforma que rivalizasse com o Twitter vinham a crescer nos últimos tempos. No início de Junho, soube-se que a Meta estaria a trabalhar na tal plataforma de mensagens curtas, com o nome de código Project 92 (P92). Na altura, havia a informação de que não seria necessário deixar de usar outras redes sociais ou criar mais contas para experimentar essa plataforma. A informação ganhou fôlego em Junho porque um jornalista do site The Verge obteve e partilhou imagens e detalhes do projecto. No entanto, não havia confirmação oficial.

A confirmação chega nesta semana, e como uma concorrência e um desafio para o Twitter, que tem enfrentado diferentes controvérsias desde que foi adquirido, em 2022, por Elon Musk, tais como os despedimentos e o restabelecimento de contas que estavam proibidas, como a de Donald Trump. A agência Reuters também relembra que vários anunciantes diminuíram o seu investimento no Twitter, devido ao conteúdo nocivo na plataforma, e que muitos utilizadores mais activos estão a ficar desinteressados.

Ao jornal norte-americano The New York Times, alguns especialistas assinalam que a Meta é a grande rival do Twitter, mesmo com as suas outras plataformas, como o Facebook e o Instagram. “Mesmo que o Facebook esteja em declínio, continua a ter uma grande base de utilizadores”, afirma ao jornal norte-americano Lou Paskalis, fundador da AJL Advisory, uma empresa de estratégia tecnológica de marketing e publicidade. Juntar-se-á, dentro de dias, a Threads.

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