Chega desafia PSD e IL a assumirem compromisso de “salvação da saúde” em Portugal

O partido de André Ventura defende que até 2030 todos os portugueses tenham médico de família, os tempos de espera sejam reduzidos para um terço e sejam formados em medicina mais 50% de médicos.

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André Ventura sugeriu que se crie uma estratégia nacional de produção e reserva de medicamentos Manuel Roberto
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O Chega desafiou esta segunda-feira os partidos de direita, nomeadamente PSD e IL, a assumirem um compromisso de "salvação da saúde" em Portugal, destacando como um dos objectivos a atribuição de médico de família a todos os portugueses até 2030.

Em conferência de imprensa, no Funchal, o presidente do Chega afirmou que Portugal se encontra "numa das piores fases de sempre de qualidade dos serviços de saúde e de resposta aos cidadãos".

André Ventura lançou, assim, o desafio "a todo o espaço não socialista", sobretudo ao PSD e à IL, de assumir um "compromisso de salvação da saúde em Portugal", apontando que não se trata de "salvação do SNS [Serviço Nacional de Saúde] ou do sector privado", mas sim da área da saúde como um todo.

O presidente do Chega destacou que os objectivos desta convergência à direita são que, até 2030, todos os portugueses tenham médico de família, sejam reduzidos para um terço os tempos de espera por consultas e cirurgias e sejam formados em medicina mais 50% de médicos.

Segundo André Ventura, este compromisso inclui, igualmente, a elaboração de uma estratégia nacional de produção e reserva de medicamentos para que a sua falta seja compensada.

Além disso, referiu que tem de haver "capacidade de recurso ao privado quando o tempo de espera" no serviço público ultrapasse os tempos legalmente previstos, argumentando que quem espera por consultas ou cirurgias apenas tem como objectivo obter resposta.

"Nem sempre temos estado bem quando fazemos oposição ao Governo em matéria de saúde. Da parte da direita tem existido uma obsessão quase compulsiva por demonizar o que é público e valorizar o que é privado. Da parte do espaço socialista e do Governo, a demonização do que é privado ou social e apenas a salvaguarda daquilo que é publico", considerou.

"Todos temos estado errados naquilo que deve ser a política de saúde em Portugal. O caminho certo é saber valorizar o SNS e saber que os privados e o sector social são fundamentais para alcançar a complementaridade que precisamos se pusermos os cidadãos em primeiro lugar", reforçou André Ventura.