Secretário de Estado disponível para esclarecer contrato de assessoria, diz ministra

Em causa está uma notícia que dá conta de que Marco Capitão Ferreira recebeu 60 mil euros em cinco dias por um contrato de assessoria. Ministra da Defesa diz já ter toda a informação acerca do caso.

Foto
Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras LUSA/TIAGO PETINGA

A ministra da Defesa, Helena Carreiras, disse este sábado que o secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, está disponível para ir ao Parlamento esclarecer um contrato de assessoria que celebrou com o ministério.

A governante falava em Bragança, à margem das comemorações do aniversário da Força Aérea Portuguesa, em resposta a perguntas dos jornalistas sobre uma notícia do jornal Expresso, na sexta-feira, que dá conta de que o secretário de Estado recebeu 60 mil euros em cinco dias de um contrato de assessoria.

"São acontecimentos que me antecedem no tempo", começou por dizer a ministra, indicando já ter recebido do secretário de Estado "informação sobre o contexto e os processos relativos a essa assessoria que fez".

Segundo é noticiado, o contrato assinado pelo ex-director-geral de Recursos da Defesa Nacional, Alberto Coelho, foi celebrado há quatro anos, em Março de 2019, e previa um prazo de execução de 60 dias e o pagamento de 61 mil euros. De acordo com o jornal, terá durado "apenas uma semana" e Marco Capitão Ferreira, que é secretário de Estado da Defesa desde Março de 2022, terá recebido "o pagamento integral" dos 61 mil euros, inicialmente contratados.

A ministra da Defesa, Helena Carreiras, escusou-se a entrar em pormenores sobre o assunto, respondendo apenas aos jornalistas já ter toda a informação do secretário de Estado e que este "deu também respostas a perguntas" de deputados e "disponibilizou-se para prestar declarações na Assembleia da República, clarificando tudo aquilo que houver a clarificar".

"A Defesa não esconde, a Defesa está empenhada em que todos esses elementos de informação sejam clarificados, e cremos que no Parlamento é o lugar certo", afirmou a ministra.

A governante entende que a Assembleia da República é "onde vai ser possível detalhar a variedade e complexidade de aspectos que têm a ver com os contratos em causa". Insistiu que os factos ocorreram num período em que ela ainda não era ministra e que acredita que o secretário de Estado "irá clarificar plenamente" o assunto.