Na pintura de Ilda David, habitamos outros tempos
Metamorfoses – Os rios transbordam e desabam, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, é a primeira grande exposição de pintura de Ilda David em Lisboa em 17 anos.
No salão da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA), em Lisboa, o visitante circula entre imagens de pinturas, de bordados e de um irresistível e surpreendente mosaico. Não, não se perde num labirinto, nada disso. Como tal poderia acontecer? São espantosas as coisas que ali o aguardam, libertando-o (ainda que não absolutamente) da estúpida voragem do presente. Uma boa parte dessas imagens tem nomes de divindades e personagens da literatura da antiguidade clássica: Dafne, Vulcano, Aretusa, Adónis, Helíades, Vulcano, Átis, Eco, entre outras. São evocações não miméticas que, desde logo, nos falam de uma relação: a da autora das obras, Ilda David (Benavente, 1955), com um fundo mitológico e temporal.
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