Fim-de-semana: Coimbra ao ritmo da lusofonia e dos coros

O festival da lusofonia decorre de sexta a domingo no parque Manuel Braga. Os países de língua oficial portuguesa mostram a sua gastronomia, artesanato, música e dança. E há também festival de coros.

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Fim-de-semana de Coimbra ao ritmo da lusofonia. E dos coros Turismo do Centro

Coimbra vai estar três dias ao ritmo dos sons, saberes e sabores da lusofonia, promovendo o diálogo entre comunidade de acolhimento e comunidades que, tendo a língua portuguesa em comum, escolheram a cidade dos estudantes para viver.

"O Festival Sons, Saberes e Sabores da Lusofonia é um evento que há muitos anos gostaria de fazer na União de Freguesias de Coimbra e que faz todo o sentido numa cidade como Coimbra, onde verdadeiramente nasceu Portugal. Foi sempre uma cidade multicultural e hoje somos uma cidade onde vivem 98 nacionalidades", destacou o presidente da União de Freguesias de Coimbra, João Campos.

A cidade de Coimbra acolhe, entre sexta-feira e domingo, o IV Festival Sons, Saberes e Sabores da Lusofonia, que vai juntar a cultura e gastronomia dos países de língua oficial portuguesa no Parque Manuel Braga, na margem direita do Mondego.

Durante a conferência de imprensa de apresentação do evento, que decorreu esta tarde, na sede da União de Freguesias de Coimbra, João Campos realçou a envergadura do festival, com "uma lógica de toda a lusofonia", que vem colmatar uma lacuna que "deixa de existir a partir deste ano".

Também Rui Amado, dirigente associativo e responsável pela programação do festival, considerou que "Coimbra é uma realidade multicultural", com grande representação das comunidades lusófonas.

"Um evento desta natureza faz todo o sentido porque permite o diálogo entre cada uma dessas comunidades e a própria comunidade de acolhimento. A primeira nota distintiva é isso: estarmos juntos, porque quem promove o evento é a União de Freguesias de Coimbra em articulação, pela primeira vez, com todas as comunidades lusófonas, que vão estar presentes com pavilhões individuais", evidenciou.

Estes pavilhões vão servir para a divulgação da gastronomia desses países, integrando ainda o festival mostras de artesanato típico.

"Haverá também música e dança desses países e uma representação nacional. Temos também um enfoque nas literaturas lusófonas, promovendo encontros com autores da lusofonia, numa micro feira do livro", realçou.

De acordo com Rui Amado, marcarão presença os escritores João Melo e Zetho Cunha Gonçalves (Angola), o poeta brasileiro Ronaldo Cagiano e Olinda Beja (São Tomé e Príncipe), entre outros.

Já a directora do Departamento de Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Coimbra, Maria Carlos Pêgo, realçou a importância de a autarquia ser parceira nesta tipologia de eventos.

"Ao longo destes três dias vamos poder sentir, saborear e conhecer esta diversidade da lusofonia, pois são muitos os países que abraçam a língua portuguesa como a sua língua materna, com quem estamos unidos, não só pela língua, mas também pelos costumes e tradições, que naturalmente têm identidade própria", apontou.

E há fim-de-semana de coros

A União de Freguesias de Coimbra apresentou também, aos jornalistas, o 3.º Festival de Coros de Coimbra, que decorrerá sábado e domingo, em vários locais da cidade.

No sábado, a Capela de Santo Agostinho do Museu da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra recebe o Coro dos Professores e o Museu Nacional Machado de Castro o Coro Carlos Seixas e o Coro Apre!.

Já a Igreja São Salvador acolhe o Coro Misto da Universidade de Coimbra e o Seminário Maior o Choral Poliphónico de Coimbra.

No domingo, é a vez da Delegação de Almedina receber o Chorus Ingenium e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo acolhe o Grupo vocal Ad Libitum.

Atuam ainda nos claustros da Igreja de Santa Cruz o Coro Infanto Juvenil de Coimbra Cantat e, nos Claustros da Liga dos Combatentes, o Coro D. Pedro de Cristo.

"Ao todo são nove coros, que convidam para um périplo pelo património cultural, urbano e histórico da cidade. No sábado o périplo é pela Alta de Coimbra e no domingo pela Baixa", descreveu Assunção Ataíde.

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