Jardim-de-infância em Taiwan foi acusado de drogar as crianças

Os docentes terão administrado remédios para a tosse viciantes, um medicamento para o tratamento da epilepsia e calmantes. O director da escola e cinco professores foram detidos pelas autoridades.

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Oito a 20 crianças terão sido drogadas no jardim-de-infância ADRIANO MIRANDA / PUBLICO
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Os professores do Jardim-de-infância Baoren, em Taiwan, foram acusados de drogar as crianças. Os docentes terão utilizado xaropes para a tosse muito viciantes e, depois de feitas análises, oito crianças terão tido resultado positivo em teste para a presença de fenobarbital — utilizado no tratamento da epilepsia — e benzodiazepinas, um calmante forte, no corpo. O número de crianças que terão sido drogadas, porém, segundo o jornal The Independent, pode ir até às 20.

Este mês, as autoridades começaram a investigar o caso, depois de os pais terem acusado os professores do jardim-de-infância da cidade de Taipé de terem administrado essas substâncias às crianças. Além da utilização de drogas, um dos professores também foi acusado de bater nos meninos.

Em Abril e Maio, os pais começaram a ficar preocupados quando algumas crianças começaram a manifestar súbitas mudanças de humor e cãibras, sinais que podem corresponder a alguns sintomas de abstinência.

O director do jardim e cinco professores foram detidos pelas autoridades e foi ordenado o encerramento da escola. A instituição também terá de pagar uma multa de mais de 4000 euros. Esta quarta-feira, apesar de a ordem de fecho já ter sido emitida, escreve o The Guardian, os escritórios ainda estavam abertos. Em resposta a um pedido de comentário sobre o sucedido, um porta-voz do jardim respondeu apenas: “Não tenho nada a dizer.”

Segundo o The Independent, mais de mil pais manifestaram-se em Taiwan, pedindo transparência sobre o que realmente sucedeu. Também pediram penas mais pesadas para os acusados e melhores mecanismos de protecção para as crianças no ensino pré-escolar.

Aos pais, em comunicado citado pelo The Guardian, o Grupo Educativo Jidibao — empresa que detém o jardim-de-infância — disse que “a verdade ainda estava a ser clarificada” e prometeu que o grupo ia trabalhar no sentido de conseguir recolocar as crianças em outras escolas.

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