Pialat dos nossos amores

O maior cineasta francês? O mais influente dos últimos 30 anos? A propósito de uma retrospectiva com as suas longas, o retrato de um irascível, generoso, mal-amado e, finalmente, bem-amado.

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Pialat dirigindo a sua descoberta, Sandrine Bonnaire, em Aos Nossos Amores
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Pascal Mérigeau ainda quis levar-lhe as provas de Pialat, la rage au coeur para ele ser o primeiro leitor antes da publicação, mas Maurice Pialat já estava moribundo (1925-2003). Fora tortuoso chegar a esse livro que faz agora 20 anos. Os amigos tinham aconselhado o critico e jornalista: Pascal, escreve sem falar com ele porque ele vai fazer tudo para sabotar. O autor, ainda assim, tentou chegar ao cineasta. Houve encontros marcados; não aconteceram. Os telefonemas, falando de tudo e de nada, serviram fundamentalmente para Pialat testar aquele que seria o seu biógrafo: sim, escrevia bem, sim, podia ser ele... Mas como na fábula do escorpião e da tartaruga, a personagem não escapou às suas contradições, ao seu ressentimento profundo, à sua "rage au coeur". E assim... "Afinal, você é como os outros, você é lamentável."

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