Pelo menos 41 mortos em ataque a escola no Uganda
Membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF), leal ao Estado Islâmico, atacaram a escola secundária Lhubirira, em Mpondwe, incendiando um dormitório.
Pelo menos 41 pessoas morreram num "ataque terrorista" levado a cabo por militantes ligados ao Estado Islâmico contra uma escola no oeste do Uganda, avançou este sábado o porta-voz da polícia do país. Mpondwe, onde o ataque aconteceu, fica a menos de sete quilómetros da fronteira com a República Democrática do Congo (RD Congo). Outras seis pessoas foram raptadas.
Há oito pessoas em estado crítico internadas no hospital. Não se sabe, para já, a idade das vítimas mortais nem se todas eram alunos da escola.
Vários membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo do Uganda baseado no leste do Congo que jurou lealdade ao Estado Islâmico, atacaram a escola secundária de Lhubirira, em Mpondwe, incendiando um dormitório e roubando comida na noite de sexta-feira, disse ainda polícia.
Os atacantes fugiram em direcção ao Parque Nacional de Virunga, na RD Congo, sendo perseguidos por soldados. "As nossas forças estão a perseguir o inimigo para resgatar os sequestrados e destruir este grupo", disse um porta-voz do exército, Felix Kulayigye, no Twitter.
O major general Dick Olum, comandante do Exército no oeste do Uganda e responsável pela missão militar na RD Congo, disse que os atacantes ficaram dois dias na cidade antes do ataque e marcaram o alvo. Um jovem não identificado terá estado no estabelecimento escolar para verificar a disposição e a sua localização para que o atentado fosse planeado.
"Foi assim que os atacantes vieram e trancaram os rapazes. Eles tentaram responder, mas não conseguiram", disse Olum, de acordo com um vídeo publicado na conta de Twitter do jornal Daily Monitor. "No dormitório feminino, a porta estava aberta e, portanto, conseguiram esfaqueá-las e matá-las", acrescentou.
Em Abril, o ADF atacou uma aldeia no leste da RD Congo, matando pelo menos 20 pessoas.