A tarefa de Pedro Nuno Santos estava facilitada depois da audição do seu secretário de Estado na quarta-feira na comissão de inquérito à gestão pública da TAP. Hugo Mendes havia terraplanado o terreno com uma série de explicações sobre polémicas dos processos de governance e da indemnização à gestora Alexandra Reis. O que restava para o ex-ministro era borrifar a terra mexida para deixar de levantar pó. E terá conseguido fazê-lo em quase tudo excepto em dois detalhes, ambos relacionados com memória: continua por explicar como é que Pedro Nuno Santos, Hugo Mendes e Maria Antónia Araújo (chefe de gabinete) não se recordavam, em Dezembro, que o primeiro tinha dado o seu aval à indemnização de meio milhão de euros à administradora, e porque nenhum levantou dúvidas sobre a sua transição rápida para a NAV.
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